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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Voltou a pouca-vergonha dos institutos que não pesquisam

Nilson Gomespor Nilson Gomes em 8 de setembro de 2025
Foto: Arquivo/ Agência Brasil
Foto: Arquivo/ Agência Brasil

Muita coisa mudou nas campanhas eleitorais, inclusive no período anterior, que a Justiça batizou de “pré”. Mas em relação às pesquisas ninguém moveu um músculo sequer. Por isso, pipocam para todo lado os números irreais. Num instituto, o pré-candidato tal está com 26%, no outro ostenta 36% e há alguns em que chega a 42%. Do nada. Não houve uma adesão forte ou um trabalho espetacular, nada. Do nada, um levantamento inclui determinados nomes que sabidamente não vão estar nas urnas e só estão na “pizza” dos entrevistadores para bagunçar as respostas. O que o Ministério Público Eleitoral pode fazer? Até agora, nada. E o Tribunal Regional Eleitoral? Precisa de alguém para acionar e, por enquanto, nada.

Os envolvidos fazem cara de que não é com eles, não encomendaram, não deram palpite, não pagaram. Tire os nãos. Um instituto viria do Paraná para cá trabalhando em troca de… nada, nenhum centavo, nada, nada? Os levantamentos supostamente realizados por empresas de Goiás são independentes? Sim, claro, #SQN. A tática é velha, mas funciona, ante a paralisia das autoridades: o candidato realmente conta com, digamos, 10%; a pesquisa o coloca com 20% e asfixia seus adversários com alguns pontos a menos. Chafurda nessa lama até seu financiador passar realmente dos 10% para algo próximo dos 20%. Quando e se,chegar lá, nas manchetes alcançará 40%. Tem sido assim no mínimo desde 1982. 

Está na hora de partidos, federações e autoridades se moverem, pois os beneficiados são evidentes. As pesquisas mostram na cada dura de que cofre saíram os recursos e de que cartola pulou o coelho – aliás, é como se reproduzem as pesquisas de agora em diante, como coelhos, só que, além das orelhas grandes, têm o nariz ainda maior.

 

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