Quem acompanha os bastidores da sucessão estadual discorda de quem considera muitos os partidos no Brasil. Tem hora que falta sigla, por mais vendável que seja. Na oposição só há dois, PT e PSDB, pois grande parte do PL é caiadista. O governador escolheu seu candidato ainda em 2021, Daniel Vilela. A oposição quica igual a pedra atirada em linha reta sobre a lâmina d’água – sabe que vai afundar, só falta esperar quando, a menos que chegue à outra margem. Assim estão o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), o senador Wilder Morais (PL) e a deputada federal Adriana Accorsi (PT). Só tem vaga para um no 2º turno com Daniel, os outros dois vão para o fundo como machado sem cabo nem soldado.

As clínicas de implante comemoram o trabalho dado pelas nominatas. Falta um ano para a votação e tem pré-candidato a deputado indeciso se vai a federal ou a estadual, se estará contra Caiado ou Lula. Outros já se filiaram diversas vezes só em 2025. Em Goiás é diferente do âmbito nacional: em vez de PT x PL, aqui os polos são Caiado x Marconi ou Wilder ou Adriana. Dos 3, o mais animado é Marconi, quem se movimenta menos é o senador do PL e a deputada do PT tem agenda de reeleição.

A favor de Adriana há os 35% de lulistas e contra, o fato de que menos da metade dos lulistas vota no PT para governador. Wilder foi um grande vitorioso de 2022. Estava sem mandato e venceu o favoritaço Marconi e os três caiadistas. Por estilo ou para evitar gastos, suspendeu a pré-campanha até 2026. Mas o poder não deixa vácuo e até lá a brecha de 2º turno pode já ter sido ocupada por Marconi.