Coluna

Zé Eliton descarta gestão por organizações sociais na Educação

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 22 de setembro de 2018

O governador e candidato à reeleição pelo PSDB, Zé Eliton,
define que não mantém entre as propostas nesta campanha a contratação de
organizações sociais para a gestão de unidades educacionais em Goiás. A
terceirização foi apresentada como prioridade pelo ex-governador Marconi
Perillo (PSDB) desde o início do atual mandato, em 2015, e a então secretária
de Educação, Raquel Teixeira, foi incumbida de executar a medida. A falta de
organizações credenciadas para a missão e seguidos questionamentos do
Ministério Público, atendidos pelo Judiciário, impediram a nova forma de gestão
dos colégios. “Acho que OS não é remédio para tudo. Teve um excelente resultado
na Saúde, mas na Educação eu estou definindo por não implantar esse modelo.
Inclusive na formação técnico-profissionalizante, onde implantamos um processo
de gestão das unidades (ITEGOs), determinei ao secretário para rever essa
posição e, até o fim do ano, voltar ao modelo anterior”, define. O tucano não
se satisfez com os resultados apresentados no setor.

Semelhança

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Esta é a primeira vez que Eliton aborda diretamente o tema,
que era tratado como alvo de “discussão” entre os aliados que participaram da
elaboração do plano de governo. A posição se assemelha à apresentada pelos
principais adversários.

Mudança genérica

Tanto o deputado federal Daniel Vilela (MDB), quanto o
senador Ronaldo Caiado (DEM), apontam nesta campanha que não são contrários ao
modelo de gestão por OS, mas que os contratos devem ser revistos com base nos
resultados.

Paulo Guedes amordaçado

O economista Paulo Guedes, responsável pelo plano
econômico do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), cancelou sua presença em outros
dois eventos na última semana, depois do desgaste causado pela proposição dele
sobre possível cobrança de “nova CPMF”. Guedes faria apresentação do plano
econômico do candidato na Câmara de Comércio Americana (AMCHAM) e participaria do
congresso da Expert XP, ambos em São Paulo. Os cancelamentos de agenda ocorreram
após Bolsonaro determinar uma “lei da mordaça” entre seus principais
assessores. A campanha do PSL tenta estancar o desgaste provocado por
declarações polêmicas de Paulo Guedes e do general Hamilton Mourão (PRTB), vice
na chapa presidencial. O presidenciável do PSL voltou ao Twitter e reiterou que
é contra a criação de uma nova contribuição, proposta estudada pelo economista.
O motivo alegado para o cancelamento seria “problema em agenda”.  Guedes estuda duas propostas que passam pela
unificação de tributos nos âmbitos federal e da Previdência.

CURTAS

Time petista – Fernando
Haddad estará em Goiânia na próxima sexta-feira (28). Terá atividades de rua e
entrevistas junto da candidata ao governo de Goiás, Kátia Maria.

Investimento – O Fundo
Municipal de Cultura tem inscrições abertas até o dia 17 de outubro para
disponibilização de R$ 500 mil para projetos culturais e artísticos.

Aceitou – O
governo acatará recomendações do TCU pela privatização da ferrovia Norte-Sul. A
Corte aprovou a liberação, mas com série de recomendações.

Punição

As últimas edições do programa eleitoral de Zé Eliton (PSDB)
não rodaram na TV.. É que ação de campanha de Ronaldo Caiado (DEM), atendida
pela Justiça Eleitoral, acusa “invasão” do programa majoritário no horário
dedicado aos candidatos proporcionais.

Reação

A Coligação Goiás Avança Mais, do tucano, recorre da
decisão. Avaliação é de que Caiado usou de manobra jurídica para obter a
liminar, ao usar jurisprudência anterior, de 2012, às regras vigentes para
provocar a decisão.

Divergência

“A jurisprudência atual permite a propaganda nos moldes da
veiculação feita pela Coligação Goiás Avança Mais, o que será demonstrado na
defesa técnica encaminhada para Justiça Eleitoral”, aponta a assessoria de Zé
Eliton.

Centro unido

A polarização entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad
(PT) resultou, nos últimos dias, em possível união entre candidatos do chamado
Centro. Tudo articulado por tucano em torno de Geraldo Alckmin (PSDB).

Calma lá

Questionado sobre a possibilidade, o goiano Henrique
Meirelles (MDB) foi direto: “A minha resposta é que sim, sou favorável à união.
Mas precisamos ter um candidato com condições de ganhar e que está subindo nas
pesquisas, que sou eu”.

Vontade

“Se o PSDB quiser se unir a nós ainda no primeiro turno será
muito bem vindo, caso contrário, aceitaremos com muita força o MDB e PSDB
juntos no segundo turno. O PSDB apoiando o Henrique Meirelles para presidente”,
rebate o emedebista.