A tecnologia é o caminho de sucesso para a saúde no Brasil

Confira o artigo, desta terça-feira (29/06), por Cristian Rocha

Postado em: 29-06-2021 às 09h36
Por: Redação
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Confira o artigo, desta terça-feira (29/06), por Cristian Rocha | Foto: Redação

A transformação digital é uma constante e já faz parte da realidade de diversos setores socioeconômicos em todo o mundo. Com a era da tecnologia ganhando fôlego nos últimos meses, as áreas mais tradicionais e que ainda engatinhavam no quesito digitalização perceberam que o uso de tecnologias disruptivas não eram as vilãs do andamento dos negócios, mas sim grandes aliadas. E, na área da saúde, isso não poderia ser diferente. Enquanto há alguns anos eram notórias as incertezas e a resistência em atrelar o uso de ferramentas e conceitos da Indústria 4.0, hoje já é possível identificar uma receptividade maior, impulsionada, principalmente, pela necessidade de encontrar alternativas mais ágeis, rápidas e assertivas para a promoção da saúde da população.

De acordo com a pesquisa Telemedicina no Brasil, mais de 70% dos respondentes afirmaram que continuariam com as consultas via videochamadas mesmo após a pandemia. Contudo, a modalidade, que ganhou destaque devido à necessidade do distanciamento social, ainda não possui uma regulamentação definida e atua até o momento em caráter de exceção. É importante ressaltar que o recurso não vem para substituir as idas aos consultórios, mas sim como uma alternativa e forma de tornar o cuidado mais seguro, acessível e rápido, tanto para o paciente quanto para o próprio médico.

Mas, muito além do uso destes recursos para o atendimento primário e para o desafogamento dos sistemas de saúde, a tecnologia na área da saúde também tem acompanhado um movimento muito importante: a mudança de comportamento da sociedade. Com um público cada vez mais conectado e imerso no ambiente digital, as instituições de saúde também devem preparar as suas operações com tecnologias que possam aproximar o cuidado das pessoas, pois a falta de processos simples, dinâmicos e mais acessíveis podem gerar um efeito rebote e, consequentemente, um gargalo de comunicação entre o relacionamento das instituições de saúde e o paciente. Quem nunca adiou uma consulta, deixou de ir a uma sessão de terapia e até mesmo evitou uma ida ao pronto-socorro por falta de tempo? Pode até parecer um absurdo – e é! – mas sabemos que isso é mais comum do que deveria. Com isso, o uso de algoritmos que possam direcionar as pessoas para os atendimentos de saúde mais adequados e plataformas que disponibilizam sessões e consultas remotamente, por exemplo, tem sido amplamente discutido e bem aceito no país.

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Além disso, recursos que têm grande potencial de expansão na área são a Inteligência Artificial e o Big Data. Capazes de automatizar algumas etapas e fornecer insumos por meio de dados para a tomada de decisão, estas tecnologias têm sido inseridas, principalmente, no suporte à decisão das equipes médicas e assistenciais, assim como na escala do atendimento aos pacientes. Conectadas com os prontuários eletrônicos e os históricos clínicos, as informações são cruzadas e armazenadas, auxiliando os médicos a chegarem a um diagnóstico e prognóstico mais rápido e assertivo, além de tornar o uso dos recursos mais eficientes nos sistemas de saúde.

Trazer inteligência, conectividade e a tecnologia para o setor, mais do que nunca, tem sido crucial para promover o cuidado e a atenção com a saúde. Se antes os números eram muito mais importantes do que as vidas, hoje a humanização e o investimento em qualidade de vida estão reinando, pois entende-se que a sociedade, de uma maneira geral, pode produzir com muito mais qualidade quando as pessoas estão felizes e bem cuidadas.

Sem dúvidas, ainda há muito espaço para a tecnologia crescer na saúde aqui no Brasil e muitas coisas ainda devem ser reformuladas. Todavia, também é possível ver que o uso dessas ferramentas estão, pouco a pouco, ganhando as graças do público e fazendo parte de suas rotinas, ficando claro o comprometimento dos profissionais que o atende, a praticidade e o custo-benefício, reforçando que não há razões para que este movimento se encerre junto à pandemia.

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