Cyberbullying, o grande mal da nova realidade virtual

Confira o artigo, desta quinta-feira (16/09), por Cristina Navalon

Postado em: 16-09-2021 às 10h43
Por: Redação
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Confira o artigo, desta quinta-feira (16/09), por Cristina Navalon | Foto: Redação

O avanço da tecnologia e a facilidade de acesso às mídias sociais trouxeram uma nova forma de agressão, que cresce de forma exponencial, o cyberbullying. Assim como o bullying, o cyberbullying é direcionado, na maioria dos casos, a pessoas que não se enquadram nos padrões impostos pela sociedade. Normalmente pessoas que vivem em um ambiente insuficientemente bom, ou seja, com alguma privação afetiva, podem evoluir com dificuldades no enfrentamento da vida e desencadear doenças mentais.

No cyberbullying, as agressões podem ser piores que no bullying, pois, muitas vezes, o agressor vem de um perfil fake. Na pandemia o número de vítimas cresceu e apesar de não haver agressão física, o mal psicológico causado é gigante, já que ela sofre e é humilhada em ambiente virtual com um número maximizado de indivíduos assistindo, ficando refém do seu agressor a qualquer horário e dia.

As grandes vítimas do cyberbullying são crianças e adolescentes, como mostra o relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a instituição, a violência no meio virtual durante a pandemia prejudicará enormemente o retorno à vida em sociedade, pois o temor de voltar ao ambiente presencial é maximizado.

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No Brasil, dois casos com famosos deram destaque ao assunto. No primeiro os danos alcançaram, além da vítima, toda a família. O jovem Lucas Santos, de 16 anos, filho da cantora Walkyria Santos, postou um vídeo junto com um amigo em suas redes sociais e recebeu uma enxurrada de comentários homofóbicos. A exposição e os comentários maldosos fizeram com que ele se matasse. Já a cantora Luisa Sonza, que desde o término do relacionamento com o humorista Winderson Nunes é atacada nas redes sociais, viu o ápice após a morte do filho recém-nascido do exmarido. Por incrível que possa parecer, os “fãs” a culparam pela fatalidade. Ela recebeu uma onda de ataques e teve que se afastar das redes para preservar a saúde mental.

Segundo pesquisa da Universidade de Pittsburg (EUA) em casos como esses, os comentários positivos nunca superam os negativos. A pesquisa mostrou o impacto das redes sociais em 1.179 estudantes entre 18 e 30 anos. Os resultados indicaram que, para cada 10% de incremento nas experiências negativas nas redes sociais, o risco de depressão cresce em 20%. E as interações negativas não foram neutralizadas pelas curtidas ou pelos comentários positivos.

Na maioria dos casos de cyberbullying, as agressões são cometidas, e compartilhadas, por adolescentes, que, muitas vezes, para se sentirem pertencentes a um determinado grupo, adotam a personalidade dos “mais respeitados” nesse meio para que eles próprios não sejam os próximos alvos.

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