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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Abriu o jogo

Anitta revela que foi diagnosticada com Epstein-Barr, vírus causador da ‘doença do beijo’; Entenda

Em relato, a dona do hit “Envolver” alegou que foi o momento mais difícil da sua vida

Postado em 5 de dezembro de 2022 por Victória Vieira

A cantora Anitta, de 30 anos, participou do documentário “Eu” produzido pela atriz Ludmilla Dayer para falar sobre sua luta contra a esclerose múltipla e acabou abrindo o jogo sobre um boletim médico que recebeu há poucos meses atrás. A artista contou que foi diagnosticada com Epstein-Barr, vírus responsável pela “doença do beijo”.

Em relato, a dona do hit “Envolver” alegou que foi o momento mais difícil da sua vida. Diante essas circunstâncias, a relação com a Dayer tornou-se importante para conseguir realizar o tratamento da infecção, pois um dos agentes causadores da esclerose múltipla está diretamente ligado ao vírus da doença.

Mas afinal, o que é a doença do beijo?

A doença do beijo chamada de mononucleose infecciosa é causada pelo vírus Epstein-Barr. Quando alojado na saliva, ele pode ser transmitido nas formas mais comuns como: beijo e compartilhamento de escova de dentes, copos ou talheres com uma pessoa infectada.

“A mononucleose infecciosa é a apresentação mais comum da infecção pelo vírus do Epstein-Barr. A maioria das pessoas pega quando ainda é criança e as manifestações são bem mais tranquilas. Quando a pessoa pega na vida adulta, os sintomas são mais pronunciados”, explicou a infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio-Libanês ao site G1.

Dados apresentados pelo Ministério da Saúde mostram que a taxa de transmissão é mais frequente entre jovens de 15 a 25 anos, principalmente nas grandes cidades ou durante o carnaval. O período de durabilidade pode chegar a um ano ou mais. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), assim que a infecção é adquirida, o vírus se torna inativo no corpo do paciente, sendo reativado em alguns casos.

Os sintomas da monocleose aparecem de maneira assintomática ou sintomática. Dentre os principais sinais, estão: febre alta; dor ao engolir, tosse, dor nas articulações, inchaço no pescoço, irritação na pele, amigdalite, fadiga e inchaço do fígado.

Por isso, a identificação da doença se caracteriza por complicações, já que apresenta sintomas parecidos com infecções respiratórias. Assim, os médicos fazem um exame sorológico para identificar a presença de anticorpos.

“Os sintomas mais comuns são gânglios, que a gente palpa na região do pescoço, uma dor de garganta importante, manchas brancas nas amígdalas, muitas vezes o paciente não consegue nem comer e precisa ser internado para garantir a alimentação”, informou a médica.

Tem tratamento?

Diversas pessoas se curam em pouco tempo, mas existe uma pequena porcentagem que não consegue se recuperar rapidamente e levam meses para voltar ao seu metabolismo anterior. Contudo, não existe tratamento para a monocleose. O uso de corticoides facilita em casos graves de complicação com obstrução de vias aéreas, diminuição de plaquetas no sangue com risco de hemorragia ou anemia hemolítica.

Esclerose Múltipla

O vírus Epstein-Barr abre espaço para a presença de outras doenças. Em destaque, o desenvolvimento de esclerose múltipla. Um estudo realizado por cientistas da Universidade Harvard, em janeiro, mostrou um forte laço com a enfermidade. A pesquisa feita com mais de 10 milhões de militares trouxe o resultado de que todos os casos de esclerose aconteceram após uma infecção pelo vírus da monocleose.

“Ao longo da vida, se acontece algum desbalanço nesse controle do vírus que o nosso sistema imune faz, e que pode acontecer por diversos motivos, isso pode fazer com que o vírus da mononucleose dê origem a outras doenças. Então alguns tipos de linfoma, alguns tipos de linfoma de Hodgkin, podem sem causados”, argumentou Mirian.

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