Alexandre Milhomem conta sobre desafios e trajetória até se tornar um arquiteto de sucesso

Nesta segunda-feira (22), na 64ª edição do Papo Xadrez, o arquiteto, urbanista e designer de interiores Alexandre Milhomem marcou presença. Dono do escritório Alexandre Milhomem Arquitetura e Interiores, o arquiteto atua no mercado nacional desde a década de 1990. Seus projetos oferecem soluções práticas e inteligentes, adequadas a cada tipo de trabalho. Além disso, ele possui um corpo técnico multidisciplinar, cujo objetivo é identificar e atender às solicitações dos clientes de forma rápida e integrada.

Atualmente, Alexandre está com um projeto na 26ª edição da CASACOR Goiás 2023. Trata-se da maior mostra de decoração e design do Estado de Goiás, inaugurou no dia 6 de maio, em uma área anexa ao Garden do Flamboyant Shopping, e segue aberta à visitação até 2 de julho, onde o público poderá conhecer a mostra que traz um novo masterplan. O Studio Alexandre Milhomem, que está no evento, é inspirado na celebração dos 26 anos de carreira do arquiteto.

A grande exclusividade se mostra na área verde do Studio, o jardim que possui a maior TV Led da história da mostra em Goiás com 175 polegadas, considerada uma das principais tendências para as casas de alto padrão nos dias atuais. Na entrada, inspirada na Mesquita de Abu Dhabi, há ramalhetes e flores recortados no mármore do piso. Segundo Alexandre, a ideia que ele quis passar é a de uma vida sem espinhos, remetendo a leveza das flores em seu caminho.

Conforme o arquiteto contou ao Papo, sua trajetória de vida não foi só flores. “Sou nordestino de Porto Franco, do Maranhão, uma cidadezinha bem pequena, divisa com Tocantins. Eu fui criado na beira do rio Tocantins”, afirmou. Alexandre conta que, desde criança, sempre teve vontade de sair do interior para poder alcançar outros horizontes. “É interessante porque as pessoas acham que tudo começou muito fácil, mas eu morei até os sete anos de idade na fazenda, que era próxima de Porto Franco”, enfatizou.

Segundo Alexandre, seu primeiro contato de vida foi com a natureza. “Eu não tinha televisão, não tinha energia elétrica. O meu primeiro contato com a beleza foi com as árvores, a chuva, o céu, os pássaros. Então, comecei muito bem, é o traço que Deus deixou para nós”, contou. Aos sete anos de idade, o futuro urbanista foi para a cidade, o que ele considera como uma grande conquista. “A partir daí, eu entendi que eu queria chegar aqui onde estou hoje”, afirmou.

O arquiteto contou que sua infância não foi fácil. “O que foi difícil era que eu era uma criança muito diferente, eu era um menino mais elegante. Minha mãe é costureira e eu queria que ela fizesse roupas para mim igual às das novelas que eu assistia”, expôs. Por conta disso, Alexandre conta que conheceu o bullying muito cedo. “Na fazenda, eu era protegido pela minha família. Quando eu vim para a cidade, eu descobri que eu era diferente daquele contexto e daquelas pessoas”, contou.

Alexandre Milhomem relatou que, mesmo assim, sempre buscou energias positivas. “Eu já era artista, sempre tive uma personalidade muito forte”, afirmou. Segundo o arquiteto, existiam muitas informações negativas sobre ele, mas ficou apenas com as positivas, de que ele era bonito e que viraria o jogo. “As pessoas diziam que eu tinha um problema, aí minha mãe me levou em uma pediatra. Ela olhou nos meus olhos  disse ‘você é muito especial e vai chegar em lugares lindos’. Foi com essa mensagem que eu fiquei”, contou.

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