Campanha de chocolate com Felipe Neto causa disputa entre direita e esquerda nas redes sociais
Nas redes a hashtag #BISnuncamais mostrou a disputa de mercado que partiu para o campo político
Por: Rondineli Alves de Brito
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Após a empresa de chocolates Lacta anunciar o patrocínio ao influenciador Felipe Neto, um boicote começou por parte dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas redes a hashtag #BISnuncamais mostrou a disputa de mercado que partiu para o campo político.
O debate ganhou força no X (antigo Twitter) quando senadores alinhados ao governo, como Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP) e Humberto Costa (PT-PE), posaram com chocolates em um gesto de apoio ao influenciador.
A reação negativa dos apoiadores de Jair Bolsonaro à campanha de Felipe Neto, deve-se principalmente ao posicionamento político do influenciador. Felipe Neto, crítico do ex-presidente, expressou seu apoio a Lula durante as eleições do ano passado.
Em resposta aos que apoiam o governo atual e que defendem Felipe, os simpatizantes do ex-presidente Bolsonaro, fizeram uma campanha pedindo aos seguidores que deixem de consumir os produtos feitos pela Lacta, que produz o Bis, e sugeriram que seja comprado o KitKat, fabricado pela concorrente Nestlé.
Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, chegou a postar um sua conta X , uma crítica ao BIS, afirmando que “quando mexe no bolso, a narrativa de alguns muda”.
Tanto a empresa Mondelez Brasil dona do BIS, quanto o influenciador Felipe Neto compartilham a participação no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, conhecido como Conselhão do governo Lula.
Este comitê, no qual Neto e Liel Miranda, presidente da Mondelez Brasil, são membros, tem como objetivo discutir políticas públicas e propor medidas para promover o crescimento econômico, o desenvolvimento e a equidade social, conforme indicado pela Secretaria de Relações Institucionais.
Em resposta ao crescente debate nas redes, a Mondelez publicou uma nota na qual informa que a contratação de influenciadores está relacionada unicamente à relevância deles na internet, sem qualquer vínculo ou apoio político, e diz respeitar a diferença de opiniões.