Entenda a controvérsia envolvendo Pitty, fãs da Beyoncé, Manu Gavassi, Gaby Amarantos e até Irmã Dulce
"Manu lançou um assunto importante para debater o feminino na arte; e a Beyoncé resolveu fazer a Irmã Dulce"
Por: Ana Beatriz Santiago
A cantora Pitty tornou-se centro de uma polêmica ao expressar suas opiniões sobre a visita recente de Beyoncé ao Brasil. A polêmica teve início quando Pitty compartilhou seus pensamentos sobre eventos recentes no mundo da música e da filantropia, abordando não apenas a visita da diva pop, mas também o trabalho de Manu Gavassi em seu novo projeto “Sexo, Poder e Arte”.
No centro da controvérsia está a comparação feita por Pitty, que se referiu a Beyoncé como “Irmã Dulce” ao comentar sobre suas ações beneficentes em Salvador, Bahia. A roqueira expressou a opinião de que a presença de Beyoncé em um momento específico acabou por “eclipsar” iniciativas locais, como o trabalho de Manu Gavassi.
A declaração de Pitty desencadeou uma massiva resposta dos fãs brasileiros de Beyoncé, conhecidos como Beyhive, que prontamente defenderam as ações filantrópicas da diva pop no Brasil. Ressaltaram as contribuições da BeyGOOD, fundação criada por Beyoncé em 2013, que tem como missão apoiar indivíduos negros por meio de bolsas de estudo, oportunidades de estágio e investimentos em empresas independentes.
Em suas respostas nas redes sociais, os fãs destacaram que Beyoncé já atua no Brasil há mais de 10 anos, colaborando com a CUFA (Central Única das Favelas) e apoiando diversas causas, como doações de bolsas de estudo e cestas básicas. A BeyGOOD, além de seu impacto filantrópico, busca promover o reconhecimento, apoio e valorização de comunidades marginalizadas.
A cantora Gaby Amarantos, ex-colega de Pitty no programa “Saia Justa”, entrou na discussão para expressar seu desacordo com as opiniões da roqueira sobre a visita de Beyoncé ao Brasil. Gaby Amarantos utilizou suas redes sociais para alertar Pitty sobre a interpretação de suas palavras, especialmente considerando a questão do privilégio racial.
Em uma série de tweets, Gaby argumentou que criticar o impactante trabalho da BeyGOOD, iniciativa filantrópica de Beyoncé, exige reflexão, e ressaltou a inspiração que a ação da diva pop proporciona para artistas e pessoas negras no Brasil. Gaby enfatizou que, como mulher branca, Pitty deve pensar cuidadosamente antes de questionar iniciativas que beneficiam aqueles que necessitam, e que para artistas e pessoas negras do país, a atenção de Beyoncé ao Brasil é uma fonte de esperança e inspiração.
Em resposta, Pitty curtiu alguns comentários que criticavam a atitude de Gaby dizendo que a discussão poderia ser feita pelo Whatsapp de forma privada e também respondeu um fã que chamou Gaby de “amiga da onça” dizendo que iriam conversar em privado.
A controvérsia levou Pitty a anunciar seu afastamento temporário das redes sociais, indicando a necessidade de um “detox” para promover diálogos mais construtivos e reflexivos, mas a pausa não durou muito.
O perfil oficial das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição fundada pela própria Irmã Dulce em 1935, entrou na conversa, ampliando ainda mais a discussão sobre solidariedade e reconhecimento de ações filantrópicas.
Em uma resposta a uma postagem de um fanclube brasileiro de Beyoncé no Instagram, o perfil das Obras Sociais Irmã Dulce agradeceu o apoio dos fãs de Beyoncé, inspirados pela polêmica, mencionaram a importância do legado de Irmã Dulce, conhecida por suas ações caridosas em prol dos mais necessitados.
Por fim, Pitty fez um texto pedindo desculpas e dizendo que não tinha como intenção diminuir o trabalho da cantora norte-americana e publicou um link para doações para os projetos de Irmã Dulce.
