HDT registra aumento de casos de sífilis

O Hospital de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT/HAA),  registrou um crescimento de mais de 560% entre 2010 e 2015 de casos

Postado em: 16-02-2016 às 00h00
Por: Redação
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O Hospital de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT/HAA),  registrou um crescimento de mais de 560% entre 2010 e 2015 de casos de sífilis, doença infectocontagiosa sistêmica, sexualmente transmissível. Em Goiás, o hospital referência no tratamento.

No Sistema de Informação de Agravo de Notificação do hospital são registrados os casos de sífilis em adulto nas formas primárias, secundárias e terciárias. Em 2010 foram notificados 25 casos, 2 do sexo feminino e 23 do sexo masculino; em 2011 foram 72 casos, sendo 10 em mulheres e 62 em homens; em 2012, 33 casos, 6 do sexo feminino e 27 do sexo masculino; em 2013 foram 57 casos, 9 do sexo feminino e 48 do sexo masculino; em 2014, 157 casos, sendo 26 mulheres e 131 homens; e em 2015 foram registrados 167 casos, 33 do sexo feminino e 134 do sexo masculino. A variação em porcentagem entre 2010 e 2015 foi de 568.0%.

Segundo a médica infectologista Luciana Oliveira, esse aumento no número de casos da doença se deve a vários fatores, como falta de esclarecimento, o não uso de preservativo, entre outros. Ela ainda ressalta que para reverter o quadro de aumento do número de casos da doença é necessária a realização de medidas educativas, reforço do uso do preservativo e que as pessoas expostas façam exame de sangue (sorologia), que serve para fazer o diagnóstico e controlar a cura da doença.

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Patologia 

A doença é causada pela bactéria Treponema Pallidum e detectada pelo exame de sangue VDRL (em inglês, Venereal Disease Research Laboratory). A principal via de transmissão é por meio do contato sexual, mas também pode ser transmitida por transfusão de sangue contaminado e da mãe para o feto durante a gravidez ou no momento do nascimento, resultando em sífilis congênita.

A sífilis pode se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. Nessa época podem surgir pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas, porém, como não doem, não coçam, não ardem, não apresentam pus, e desaparecem mesmo sem tratamento, dá a ideia de melhora, apesar de a pessoa continuar infectada. Por isso é considerada uma doença silenciosa, e pode não se manifestar por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como a cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.

A doença tem cura, e a recomendação é procurar por um profissional de saúde, pois só ele pode fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, dependendo do estágio da patologia. Em Goiás, o hospital referência no tratamento de sífilis é o HDT/HAA. 

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