Criatividade para atrair o consumidor

Donos de peixaria seguram os preços e oferecem serviço para facilitar a preparação dos alimentos

Postado em: 19-02-2016 às 00h00
Por: Redação
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Donos de peixaria seguram os preços e oferecem serviço para facilitar a preparação dos alimentos

Karla Araujo

Para atrair o consumidor, as peixarias estão segurando o preço dos produtos durante a Quaresma, mesmo com o custo do pescado mais alto. Além do valor mais acessível, alguns estabelecimentos também apostam em oferecer produtos bem cortados e limpos, para facilitar a preparação da refeição. Com isso, os empresários pretendem alavancar as vendas.

Em uma peixaria localizada na Cidade Jardim, por exemplo, o cliente pode fazer o pedido de um peixe recheado assado por telefone e ir buscar na data combinada. Fernanda Custódio Vitorina, responsável pelo estabelecimento, explica que a maioria dos consumidores busca simplicidade na cozinha e está disposta a pagar até mais caro por isso. “Oferecemos também peixe recheado para assar em casa. É um produto muito procurado”, diz a empresária. 

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De acordo com Fernanda, mesmo com a crise, o movimento no local esse ano está parecido com a do ano passado e a expectativa para a Semana Santa é de aumento nas vendas. Em outra peixaria na Avenida Mutirão, no Setor Bueno, Marcelo Cordeiro Santos, 36, trabalha no ramo há 15 anos e percebe estabilidade no setor durante a Quaresma e Semana Santa.

Preços

A reportagem do O HOJE pesquisou o preço do pescado em cinco peixarias de Goiânia. O pintado foi encontrado com preço mais em conta a R$ 24,90 o quilo (Kg). O preço mais caro  foi de R$ 36,90. A variação é de 32,5%. O responsável pela peixaria, que vende o pintado mais caro ,explicou que a alta é maior por causa da qualidade do produto, que é pescado e não de criatório. 

Outro peixe analisado foi o tucunaré. A espécie está a R$ 21,90 Kg e também a R$ 29,90, ou seja, variação de  27,5%. Da mesma forma que o pintado, a qualidade da carne também influencia os preços. Em algumas peixarias, o tucunaré e comercializado a preços diferentes, de acordo com o tamanho, qualidade e procedência. 

Na pesquisa, a caranha foi encontrada a R$ 12,50 Kg e também a R$ 16,90Kg , variação de 26%. Já o bacalhau, famoso nas mesas dos brasileiros, principalmente durante a Páscoa, foi pouco encontrado no locais visitados pela reportagem. Os empresários alegam que a venda foi intensa no Natal e o estoque ainda não foi reposto. Onde o produto foi encontrado, o preço varia de R$ 39,90 a R$ 72 reais Kg. 

Qualidade

Para realizar uma boa compra, o Procon Goiás recomenda que o consumidor tenha atenção quanto às características do produto. Deve-se verificar, principalmente nas feiras livres, a conservação do peixe, que deve estar coberto e envolto de gelo picado. Ainda nas feiras, ao analisar a aparência do peixe, o consumidor deve levar o produto para fora da barraquinha, pois os toldos vermelhos, com a incidência do sol, podem maquiar a cor do peixe.

Com relação aos produtos adquiridos de forma industrializados (congelados), deve ser verificado se há sinal de umidade no chão próximo do freezer. Caso isso seja percebido, pode ser sinal de que o freezer foi desligado ou teve sua temperatura reduzida durante a madrugada, podendo comprometer a sua qualidade.

 

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