“Irmão de fé” matou Deise, diz PC

Antônio Davi dos Santos está detido em Santa Catarina (SC), por meio de uma prisão temporária, mas já foi pedida a prisão preventiva do mesmo

Postado em: 19-02-2016 às 12h34
Por: Redação
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Antônio Davi dos Santos está detido em Santa Catarina (SC), por meio de uma prisão temporária, mas já foi pedida a prisão preventiva do mesmo

Deivid Souza

Após de sete meses de investigação, a Polícia Civil (PC) está prestes a concluir o inquérito que apura o desaparecimento da técnica de enfermagem, Deise Faria, 41, em 11 de julho de 2015. Ela participava de um ritual do Instituto “Céu do Patriarca e da Matriarca” que inclui a ingestão do chá alucinógeno ayahuasca. 

Para o delegado que preside o inquérito, Thiago Damasceno, o “irmão de fé”, Antônio Davi dos Santos, 44, matou Deise. Ele está detido em Santa Catarina (SC), por meio de uma prisão temporária, mas já foi pedida a prisão preventiva do mesmo.

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As contradições de Antônio foram esclarecidas por meio de depoimento de testemunhas e conclusões obtidas pela perícia na reconstituição do que aconteceu na noite daquele domingo de 11 de julho. A questão principal era o fato de Antônio ter deixado a chácara onde aconteceu o ritual com a enfermeira dentro do carro. Apesar de ele negar o fato, a PC concluiu que ele saiu com Deise do local. “A gente provou que uma das peças de roupa que ela utilizava retornou dentro do veículo. Ele devolveu o veículo dela juntamente com essa roupa que ela estava utilizando”, explica Damasceno.

Todas as declarações de Antônio que afirmavam que ele havia feito buscas pela enfermeira “desaparecida” foram desmentidas por testemunhas. Um dos elementos fundamentais para elucidação dos fatos foi uma gravação feita por familiares da vítima no dia seguinte ao desaparecimento em que ele apresenta versão diferente da contada à polícia.

Macumba

O patriarca do Instituto “Céu do Patriarca e da Matriarca”, Cláudio Pereira Leite, 40, que está preso provisoriamente também será indiciado por ocultação de cadáver. De acordo com o delegado ele tentou, de várias formas, impedir que a PC chegasse ao corpo da vítima. Uma das ações que chamou a atenção foi que testemunhas contaram ao delegado que ele encomendou vários trabalhos de macumba contra veículos de comunicação da Capital, inclusive o jornal O HOJE.

A família de Deise se disse “satisfeita” com o trabalho da Polícia, mas ainda quer respostas sobre como a mãe foi morta, onde está o corpo e qual seria a motivação.  “Em paz a gente nunca vai estar”, afirmou a filha de Deise, Apoena Faria de Souza, 23.

Relembre o caso

Deise Faria desapareceu no dia 11 de julho após participar de um ritual do Instituto “Céu do Patriarca e da Matriarca” que inclui a ingestão do chá alucinógeno de ayahuasca, no município de Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. Após o desaparecimento sobrou contradição nos depoimentos das testemunhas e o corpo ainda não foi encontrado. 

(Foto: Arquivo O Hoje)

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