Imobiliárias flexibilizam para atrair compradores

Com mercado estagnado, empresas lançam campanhas para aceitar imóveis e veículos semi-novos na aquisição de uma casa ou apartamento novos

Postado em: 23-02-2016 às 00h00
Por: Redação
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Com mercado estagnado, empresas lançam campanhas para aceitar imóveis e veículos semi-novos na aquisição de uma casa ou apartamento novos

Thiago Burigato

Da metade para o final da primeira década dos anos 2000, o mercado imobiliário no Brasil passou por um boom sem precedentes, motivado, inclusive, por programas do governo federal. No entanto, nem mesmo o setor passou incólume pela crise financeira internacional e, agora, mostra sinais de estagnação.

Nesta nova fase, empresas da área têm utilizado a estratégia de elaborar campanhas prevendo a negociação de imóveis e veículos seminovos como parte do pagamento para uma casa ou apartamento novos. A medida flexibiliza e facilita a vida daqueles consumidores que, de outra maneira, se veriam obrigados a primeiro conseguir vender sua propriedade antiga antes de começar a pensar em um novo empreendimento.

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Segundo o conselheiro do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Goiás (Creci-GO), Ademir Silva, porém, a estratégia não é novidade. “Na realidade, as construtoras sempre aceitaram carros e imóveis. A diferença é que agora estão divulgado”, afirma. 

Para ele, a tática é um grande atrativo, pois torna mais acessíveis as oportunidades de aquisição. “O vendedor está aberto a ouvir propostas. Para as empresas que estão se empenhando, há diversas oportunidades de venda. Esse é um bom momento para investir.”

Adaptação

A EBM é uma das empresas que tem se adaptado em busca de captação de novos mercados. Nos próximos dias, a empresa coloca em vigor a campanha “A Hora é Agora”, que trata de um plano de incentivo para quem deseja investir em imóveis nos meses que se seguem.

A ideia da empresa é que, com a economia do país oscilando, a aplicação de parcelas fixas garantam segurança ao cliente e permitam que ele se programe. Já a chance de entregar o imóvel de sinal, ou ainda colocar o carro no negócio, garante maiores oportunidades para a concretização da negociação.

O diretor comercial da empresa, Rodrigo Meirelles, explica que, a medida visa a atrair alguns perfis de compradores foram que foram afugentados pela conjuntura econômica atual. Compradores finais, por exemplo, continuam interessados em imóveis, ainda que em geral precisem de um incentivo extra para procurar e concretizar negociações.

“Alem da questão da segurança na aquisição, a gente está mirando também algumas condições para mostrar que estamos em um momento oportuno. A demanda continua existindo”, explica Meirelles. Ele ressalta que o grande foco da campanha é gerar “censo de oportunidades”.

Fim do oba-oba

O presidente do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias de Goiás (Secovi-GO), Ioav Blanche, atesta a chegada de uma nova fase para o mercado imobiliário. “O que aconteceu na realidade é que houve um aumento expressivo de lançamentos a partir de 2007. Em Goiânia, se antes se lançava 10 mil empreendimentos por ano, passou-se a lançar 30 mil. Com a redução do financiamento imobiliário e queda das expectativas das pessoas, o mercado voltou para o ânimo de antes.”

É com base nesse pressuposto que as imobiliárias perceberam a necessidade de mudança do padrão. “O segredo é dar atenção ao cliente. A época do oba-oba passou. As imobiliárias têm que se envolver e ver o que o cliente precisa e como ele precisa.” 

 

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