Pai de Siamesas agradece a CIGO

O apoio que a família recebeu da unidade e do povo goiano antes e depois da cirurgia de separação de suas filhas foi fundamental para família

Postado em: 02-03-2016 às 08h05
Por: Redação
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O apoio que a família recebeu da unidade e do povo goiano antes e depois da cirurgia de separação de suas filhas foi fundamental para família

Valdenir Neves Câmara, pai da gêmea siamesa Fernanda Neves
Nascimento, de 6 meses, recebeu a imprensa nesta terça-feira, 1º de março, na
Casa do Interior de Goiás (CIGO), unidade da Organização das Voluntárias de
Goiás (OVG). Ele agradeceu o apoio que recebeu da unidade e do povo goiano
antes e depois da cirurgia de separação de suas filhas Fernanda e Júlia, que
não resistiu dias após o procedimento em decorrência de uma insuficiência
cardíaca associada a uma hipertensão no pulmão. O encontro contou com a
participação do cirurgião pediátrico Zacharias Calil, médico responsável pela
cirurgia.

As siamesas
nasceram em Itamaraju, no interior da Bahia, unidas pelo tórax e abdômen, e
compartilhavam o fígado e uma membrana do coração. Por conta da condição delas,
a família das meninas decidiu vir para Goiânia, em agosto do ano passado, para
conseguir a cirurgia de separação que foi realizada no dia 13 de janeiro deste
ano no Hospital Materno Infantil (HMI). Desde que chegou à capital goiana, a
família está hospedada na CIGO e na próxima segunda-feira, 7 de março, retorna
à sua terra natal.

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Valdenir comentou
que não queria ir embora sem fazer este agradecimento. “Fomos muito bem
recebidos aqui na CIGO. Recebemos muito apoio do povo goiano,” diz. Ele revela
que a ansiedade com o regresso é grande e que, agora, é voltar ao trabalho e
cuidar para que Fernanda cresça uma criança saudável e feliz. O cirurgião
pediátrico Zacarias Calil informou que a menina poderá levar uma vida normal e
que ela será acompanhada por uma pediatra na Bahia, devendo retornar a Goiânia
em seis meses para uma avaliação. “Se não tivéssemos feito a cirurgia de
separação, ela sobreviveria, no máximo, seis meses. Infelizmente, a Júlia, a
irmã dela, nasceu com uma grave patologia cardíaca que colocava em risco a vida
das duas. Fizemos de tudo para salvá-la também, mas não conseguimos”, disse.

Gerente da Casa
do Interior, Joana D’arc Silva, revelou que toda a equipe da unidade se envolve
e torce muito para que seus usuários possam voltar para casa bem e com saúde.
“Ficamos com o coração apertado na hora da despedida e ao mesmo tempo felizes
por ter ajudado uma família.” 

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