Municípios compartilham experiência sobre combate ao Aedes

A Secretaria da Saúde sediou na última quarta-feira (2) uma reunião com representantes de 68 municípios goianos para tratar sobre a evolução da força-tarefa Goiás contra o Aedes. O momento foi marcado pela troca de experiências, sugestões e ainda planejamento para o terceiro ciclo de visitas a domicílios, que ocorre durante o mês de março. Divididas por grupos, as reuniões ocorreram no Conecta SUS, sala de situação que monitora em tempo real a evolução e eliminação dos focos do mosquito nos municípios goianos.

Segundo informações do coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental de Aparecida de Goiânia – cidade que ocupa a terceira colocação no número de casos registrados, sendo mais de 3 mil até agora -, Iron Pereira, nos dois primeiros meses do ano foram visitados 118 mil imóveis na cidade e 450 toneladas de entulho foram retiradas com o auxílio da Patrulha contra o Aedes. O gestor considera produtiva as reuniões pois é possível discutir estratégias para potencializar os resultados do combate ao mosquito.

Para o secretário de Saúde de Cristalina, Maks Louzada, a capacitação oferecida pela Saúde é fundamental para que os municípios consigam cumprir a meta de erradicar o Aedes aegypti no território goiano. Ele informou que nos dois primeiros ciclos de visitas foram visitados 20.830 imóveis, com redução do percentual de focos de 7,35% para 2,35%.

Com a força-tarefa, de janeiro para fevereiro houve uma redução de 46,62% na quantidade de residências, estabelecimentos comerciais e lotes baldios em Goiás com criadouros do Aedes aegypti. O porcentual de imóveis com focos do mosquito no Estado caiu de 3,99% para 2,13%. O superintendente executivo da SES, Halim Girade, ressaltou que o trabalho realizado pelas administrações municipais é fundamental para que operação alcance seu objetivo. “O que os municípios estão fazendo é surpreendente. Estamos a caminho da erradicação do Aedes em Goiás.”

Cuidados

O coordenador de Vigilância e Controle Ambiental de Vetores da SES, Marcello Rosa, ressaltou junto aos participantes que as medidas para erradicação do mosquito precisam ter resolutividade. “O cuidado vai desde uma tampinha a uma piscina abandonada. Além disso, precisamos nos preocupar com locais de difícil acesso, como calhas e caixas d’água.”

Marcello disse ainda que as equipes dos municípios devem enfatizar a importância da eliminação mecânica junto à população. “Nenhum inseticida usado no Plano Nacional de Combate à Dengue tem ação efetiva na fase de ovo do Aedes. E os ovos conseguem resistir por 450 dias até mesmo no período de seca. É por isso que precisamos nos preocupar com a eliminação dos criadouros.”

Para mais informações: (62) 3201-3811 

(Goiás Agora)