Lacen fará exames para indetificar zika

O Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen) passa a realizar, a partir desse mês,  resultados da doença zika e chicungunha.

Postado em: 08-03-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen) passa a realizar, a partir desse mês,  resultados da doença zika e chicungunha. Segundo a coordenadora de Biologia Médica, Carmen Helena Ramos, o projeto, que tem por nome Elisa, visa diagnosticar a doença provinientes do Aedes aegypti. Quando a pessoa teve contato com a doença é dado como IGG, se o diagnóstico for grave o resultado é IGM.

Carmem relata que os testes que Lancen recebe são encaminhados ao instituto Adolfo Lutz (IAL) em São Paulo. “Recebo o material suspeito de todas as vigilâncias epidemiológicas de cada município’’. A coordenadora explica que o tempo para sair o resultado fica a critério do instituto e que devido à demanda a resposta pode levar até 25 dias para chegar a Goiás. 

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Para resolver o aumento da busca, e diminuir o tempo de espera do resultado do exame, o Ministério da Saúde optou pela descentralização para os laboratórios de cada Estado.

 O Lacen irá identificar as doenças de forma simultânea, ajudando na diferenciação da dengue. A previsão é que o órgão realize, inicialmente, até 30 exames de cada por semana, com liberação em até 15 dias. 

Para Goiás, foi disponibilizado por mês uma cota de 40 exames para a análise de zika. Porém, a ligação da doença com o aumento dos casos de microcefalia fez com que o IAL recebesse todas as amostras de gestantes suspeitas de ter zika. Com o aumento, o Lancen em um mês já encaminhou 130 amostras, assim os resultados que levariam de 15 a 20 dias acabam demorando 25 dias. 

DEMORA

Emanuele Toledo, 34, conta que quando teve zika, ficou esperando o diagnóstico por seis horas. “A demora não é normal, eu li que duas horas é um prazo normal para sair o diagnóstico” completa, a radialista.

Em relação ao laboratório Lancen realizar testes, Emanuele alerta para a cota. “No dia que eu estava na fila tinha 90 pessoas. Só 40 é pouco”, lembra. 

A gerente financeira, Heniliza Aureliano descreve que em seu caso foi mais tranqüilo. Ela chegou ter suspeita de chikungunya por conta das manchas do corpo, mas como o resultado foi rápido. Diagnosticada com dengue. Porém, ao saber do número de cotas vê como insuficente. “O Estado tem muitas suspeitas e esse número por mês não vai conseguir abranger todos”, pondera.

 

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