Quinta-feira, 28 de março de 2024

Morre Herbert de Moraes, fundador do Opção

O jornalista, economista, fundador e diretor do Jornal Opção, Herbert de Moraes, 73, morreu na manhã de ontem (24). Problemas pulmonares e

Postado em: 25-03-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O jornalista, economista, fundador e diretor do Jornal Opção, Herbert de Moraes, 73, morreu na manhã de ontem (24). Problemas pulmonares e complicações ocorridas após a fratura de um fêmur são apontados como causa da morte. Herbert estava internado no Hospital Anis Rassi há cinco dias. O velório aconteceu no cemitério Vale do Cerrado, em Goiânia, até as 19h. 

Herbert era formado em economia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Na época em que se registrou como jornalista, não existia o curso em Goiânia. Ele fundou o Jornal Opção em 1975, após o fim do governo Leonino Caiado, para quem Herbert trabalhou como assessor de imprensa. 

No twitter, o prefeito Paulo Garcia (PT) lamentou a morte do jornalista. “Goiás perdeu hoje homem comprometido com o jornalismo de opinião. Minha solidariedade a família do jornalista Herbert de Moraes”, tuitou. 

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O vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, José Eliton, também prestou homenagens por redes sociais. “Ele dedicou sua vida ao sonho de criar um veículo de comunicação que fosse a essência do seu pensamento social”, escreveu. 

Trabalho

O atual editor do Opção, Euler de França Belém, descreve Herbert como um jornalista extraordinário, que sempre deu mais importância para análise, pois acreditava que o factual não compreende a realidade. Para Euler, uma das frases mais marcantes ditas pelo fundador do Opção é “O factual passa; a análise, desde que sólida, fica e reverbera”. 

O presidente do Jornal O Hoje, José Allaesse, destaca o papel de Herbert nas causas sociais e no legado que deixa no jornalismo goiano. “Sempre foi um crítico da classe política e deixa como exemplo o tradicional Jornal Opção, que já tem mais de 40 anos”, diz. 

Atributos 

O jornalista Marco Antônio da Silva Lemos trabalhou com Herbert de 1975 e 1977 e lembra que a proposta do chefe não era publicar notícias, mas desenvolver textos analíticos até que se esgotasse o assunto. Afonso Lopes destaca as longas reuniões de pauta do semanal. “Começávamos às 9h e só terminávamos depois das 15h. Não tinha almoço, só café, muita discussão e debate”, diz. 

Rogério Lucas,  jornalista, lembra da rigidez de Herbert como chefe. “Ele era detalhistas e não dava o braço às discussões nas reuniões de pauta, que começavam na origem do universo e chegava ao vocabulário do vereador. A cada detalhe de grandes e pequenos assuntos eram discutidos”, lembra Rogério. 

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