Surto de H1N1 faz escolas de educação infantil mudarem rotina

Devido ao surto da doença escolas de educação infantil de Goiânia mudam rotina para combater transmissão da doença

Postado em: 01-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Surto de H1N1 faz escolas de educação infantil mudarem rotina
Devido ao surto da doença escolas de educação infantil de Goiânia mudam rotina para combater transmissão da doença

RHUDY CRYSTHIAN

A vacina é uma das medidas preventivas mais eficazes, com 95% de efetividade, de combate à gripe. Mas, como a campanha nacional de vacinação só começa no final do mês as medidas de prevenção se tornam o melhor aliado no combate ao surto da H1N1. Os riscos de contágio mudaram a rotina de algumas escolas em Goiânia, que começaram a adotar medidas para evitar a proliferação e até pedir que crianças com sintomas fiquem em casa. 

Continua após a publicidade

A forma principal de contágio da gripe ocorre de pessoa para pessoa por meio de gotas suspensas no ar. Em uma sala de aula, por exemplo, uma criança contaminada pode transmitir a H1N1 para todas as outras. De acordo com a coordenadora de uma escola de educação infantil e fundamental em Goiânia, Meigna Ferreira Freitas, a instituição já adotava práticas de higiene durante os processos pedagógicos, mas tudo se intensificou depois do risco de surto da doença e das notícias das primeiras mortes causadas pelo vírus no Estado, mês passado.

A coordenadora comenta que é muito importante conscientizar a criança sobre os riscos da doença e formas de evitar o contágio. “Elas acabam sendo multiplicadoras das informações em suas casas com os familiares. Orientamos sobre a maneira correta de lavar as mãos e outras medidas de higiene”, garante.

Com mais de mil crianças matriculadas em duas unidades em Goiânia a coordenadora mantém uma enfermeira nas dependências do colégio para identificar possíveis sintomas e orientar pais e alunos. “A escola acaba assumindo um papel importante nesse momento e pode contribuir para disseminar as formas de combate”, diz.

Além da escola citada, outra instituição de ensino na capital também resolveu intensificar suas ações de higiene. Para a diretora, Camila Cristiane, são medidas simples que podem evitar um surto muito maior. “Imagina uma criança doente em uma sala com outras 40 sadias, isso pode se espalhar muito rápido”, teme. Ela explica que a escola usa campanhas recorrentes de ações como apresentação de vídeos, reuniões com os pais entre outras.  

Não há previsão de antecipação da campanha  

O Ministério da Saúde começa a preparar a logística para a distribuição das vacinas hoje (1º), mas a data oficial, até o momento, é de que a vacinação só comece mesmo no dia 30 e vá até o dia 20 de maio. A Secretaria de Saúde do Estado informa que não há expectativa de antecipação desse calendário, a não ser que haja uma determinação do governo federal. 

A expectativa é de que sejam encaminhadas para Goiás 1,146 milhão de doses da vacina contra gripes do tipo A e B, H1N1, e H3NR2, as mais perigosas. O mutirão de vacinação engloba além de crianças entre seis meses e dois anos, idosos acima de 60, mulheres gestantes e de resguardo, população carcerária, trabalhadores da saúde e pessoas com doenças crônicas. 

Estes têm direito a vacinação gratuita na campanha. Os demais podem procurar a rede particular. Mas, aí começa outro problema, como apareceu o surto da H1N1, a rede particular de saúde não estava preparada e não há vacina suficiente estocada. 

Os centros de vacinação na capital esperam um reforço nos estoque a partir de hoje, mas a reportagem do O Hoje entrou em contato com algumas clínicas particulares e a informação não pode ser confirmada. A expectativa mais concreta é de que só cheguem novas doses na rede particular depois do dia 15 desse mês. O valor da dose pode variar de R$ 100 a R$ 200. 

Veja Também