Cidades de Norte e Nordeste tiveram maior desenvolvimento

No período contribuiu para eliminar as acentuadas desigualdades, segundo novo levantamento do PNUD. Mas, as diferenças insistem

Postado em: 04-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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No período contribuiu para eliminar as acentuadas desigualdades, segundo novo levantamento do PNUD. Mas, as diferenças insistem

De 2000 a 2010, o Norte e o Nordeste do Brasil apresentaram um crescimento maior de seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do que o aumento verificado no Sudeste, Sul e Centro-Oeste. A diferença contribuiu para eliminar as desigualdades acentuadas entres as partes do país que, atualmente, apresenta taxas de desenvolvimento médio e alto em todas as suas macrorregiões.

As informações são de um novo relatório elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro, e publicado na quinta-feira (31). O documento avaliou as variações dos IDHMs regionais dos anos 1991, 2000 e 2010.

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De acordo com a pesquisa, o Sudeste, o Sul e o Centro-Oeste apresentaram taxas de crescimento mais elevadas dos IDHMs durante a década de 90. Entre 1991 e 2000, as três regiões registraram aumentos de 0,123, 0,132 e 0,128, respectivamente, ao passo que Norte e Nordeste observaram elevações mais modestas: 0,111 e 0,119.

Em 1991, todas as regiões apresentavam médias de desenvolvimento humano consideradas baixas ou muito baixas. Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentavam IDHMs acima dos 0,5, mas inferior a 0,6, enquanto Norte e Nordeste registravam 0,416 e 0,397.

A virada foi a década seguinte, quando os IDHMs das duas regiões que ocupavam os últimos lugares das listas crescerem 0,140 (Norte) e 0,147 (Nordeste), alcançando os índices 0,667 e 0,663 em 2010.

Embora tenham permanecido as porções do território brasileiro com os menores índices, os avanços foram bem mais altos do que os verificados para o Sudeste (0,090), Centro-Oeste (0,118) e Sul (0,094). As três regiões ainda apresentam os maiores IDHMs: 0,766; 0,757; e 0,754, respectivamente.

O levantamento nota que há diferenças entre as três regiões quando considerados os critérios específicos para o cálculo do IDH. A expectativa de vida foi avaliada como mais alta no Sul, mas a renda per capita é maior entre a população do Centro-Oeste. Quando considerado o quesito educação, o Sudeste apresenta o IDH mais alto. 

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