Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Inflação de Goiânia é a menor desde junho de 2015

Em fevereiro a variação foi de 0,37%, quase 0,9% menor do que no mês anterior, quando o índice alcançou 1,23%

Postado em: 05-04-2016 às 18h00
Por: Redação
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Em fevereiro a variação foi de 0,37%, quase 0,9% menor do que no mês anterior, quando o índice alcançou 1,23%

Da redação 

A inflação de Goiânia  teve variação de 0,37% no mês de março e ficou abaixo da taxa de fevereiro, que foi de 1,23%. Esse é o menor resultado desde junho do ano passado e para março é o menor desde 2012.  Contudo, no acumulado no primeiro trimestre desde ano já chega a 3,38%. Os dados são do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

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Os itens que mais contribuíram para a desaceleração da inflação de Goiânia no mês passado foram a energia elétrica (-8,38%) e o gás de cozinha (-1,49%). Além do grupo habitação, o recuo dos preços de despesas pessoais também deu uma ajudinha. O corte de cabelo feminino (-3,93%) e manicure e pedicure (-4,29%) tiveram variação negativa.

Em contrapartida, o Índice de Preços ao Consumidor de Goiânia (IPC) do mês de março foi impulsionado pelos reajustes de valores nos itens dos grupos de alimentação e de transportes. Os destaques foram os aumentos das tarifas de passagem de ônibus urbano (2,21% – ainda resíduo dos 12,10% autorizados em fevereiro) e gasolina comum (2,59%), etanol (3,13%) e óleo diesel (0,65%).

No grupo alimentação pesaram os reajustes do leite longa vida (5,04%), banana prata (17,91%), tomate (10,71%) e batata inglesa (8,39%). Além do feijão preto (4,81%), café moído (1,17%), ovos grandes (3,57%), macarrão (2,12%), apresuntado (3,05%), laranja pera (2,56%) e outros.  Na alimentação fora do domicílio ficaram mais caros o almoço a peso (0,92%), o suco de laranja (2,36%), o refrigerante 290 ml (1,56%) e o salgado (0,54%).

O gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do IMB/Segplan, economista Marcelo Eurico de Sousa, estima que a inflação de abril, e dos próximos meses, tende a ficar mais estável, embora com índice positivo. 

“A partir de agora, com a menor incidência de chuvas crescerá a oferta de hortifruti, embora deverão cair as de leite e de carne bovina, pressionando os preços”, diz. 

Educação

O retorno do período escolar, no mês passado, impactou positivamente nos preços dos artigos de papelaria (9,88%) e do uniforme escolar (5,85%), fazendo com que o grupo educação tivesse variação de 1,82%, na comparação com fevereiro.

No grupo vestuário (1,54%), os técnicos do IMB/Segplan registraram aumentos de preços da calça masculina (4,01%), camiseta/blusa infantil (5,74%), conjunto infantil (2,39%), blusa feminina (1,47%); sandália infantil (12,44%), sapato masculino (2,44%), tênis infantil (2,78%) e óculos sem grau (14,99%).

Também foram constatados reajustes de preços dos serviços de exames de laboratório (2,68%) e produtos de higiene pessoal (1,69%) com os itens: perfume (3,27%), sabonete (2,11%), lâmina de barbear (1,55%), xampu (2,54%) e papel higiênico (2,17%), dentro do grupo de saúde e cuidados pessoais.  

No grupo artigos residenciais ficaram mais caros os itens de conjunto de estofado (8,11%), armário para copa e cozinha (4,70%), cama de solteiro (7,19%), televisor (4,99%), conjunto de som (2,23%), liquidificador (3,21%), jogo de cama de solteiro (7,14%) e lençol de casal (3,89%). Já no grupo comunicação, houve registro de pequeno reajuste no preço dos serviços de telefonia celular pós-pago (0,83%).

Cesta básica

Em março, o custo da cesta básica para uma pessoa que tem como renda apenas o salário mínimo mensal (R$ 880,00) subiu 0,40%, na comparação com fevereiro, e no trimestre atingiu a 6,50%, chegando a custar R$ 340,05, de acordo com o IMB/Segplan.

Dos 12 itens que compõem a cesta básica do goianiense apenas o pão francês ficou estável. Tiveram recuo de preços a carne (-1,62%), o arroz (-0,43%), o açúcar (-0,80%), o óleo de soja (-1,70%) e as frutas (-1,66%). Registram alta o leite (5,04%), feijão (2,59%), farinha/massas (0,97%), legumes/tubérculos (1,89%), café (1,17%) e a margarina (2,00%). 

Foto: reprodução

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