Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Concursados da UEG cobram convocação

Mais de 730 aprovados no último concurso da instituição, no ano passado, aguardam convocação. Governo ainda não definiu cronograma

Postado em: 19-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Mais de 730 aprovados no último concurso da instituição, no ano passado, aguardam convocação. Governo ainda não definiu cronograma

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Os aprovados no último concurso público da Universidade Estadual de Goiás (UEG), em 2015, ainda não foram chamados para assumirem seus cargos na instituição. O prazo para convocação vence em setembro, mas pode ser prorrogado por mais um ano. Ao todo, 732 vagas, entre efetivas e cadastro reserva, aguardam chamamento. Governo alega esperar cálculo do impacto financeiro para começar as convocações. 

O concurso foi realizado para preenchimento de 500 vagas para o quadro técnico-administrativo, em cargos de nível médio e superior. O edital foi aberto em 2014 e a homologação dos aprovados foi feita ano passado. Os cargos são para níveis da área administrativa da entidade em todos os pólos da UEG.  Para o cargo de analista de gestão administrativa estão destinadas 247 vagas. As outras 253 vagas são para assistente. As demais vagas, para formação de cadastro reserva. 

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De acordo com um dos aprovados no certame, Rodrigo Lima, o governo alega falta de recursos para realizar o chamamento dos aprovados. Mas ele reclama do excesso de contratos temporários na instituição. 

Os aprovados reclamam que em toda a UEG exista cerca de dois mil contratos temporários renovados ano após ano. “Alguns contratos datam de 17 anos atrás. Os mais novos são de menos de cinco anos”, reclama uma das integrantes da Comissão de Aprovados, Grazielly Loredo do Nascimento. 

Ela chama a atenção para a lei estadual 13.664 de 2002 que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de interesse público. De acordo com o artigo primeiro dessa lei, os órgãos da administração estadual só poderão contratar pessoal por tempo determinado, pelo prazo máximo de três anos e em condições previstas nesta referida lei.

Morosidade

Grazielly lembra que a morosidade na convocação coincide com o anúncio do governador Marconi Perillo, no último dia 13, pela retomada do processo de meritocracia para selecionar os gerentes de todos os cargos das administrações direta, autárquica e fundacional do Estado. “Como falar em meritocracia se nem foram chamados os aprovados ainda”, questiona. 

De acordo com Lauro André Dias dos Santos, também integrante da Comissão de Aprovados, a demora e a espera são desanimadoras. “O governo não cumpre o que promete. A UEG alega que depende da ordem do governo e a Segplan não dá nenhuma resposta definitiva”, reclama Lauro.  

A UEG informa que o processo do concurso público se encontra, no momento, na Junta de Programação Orçamentária e Financeira (Jupof), da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan). Já a Secretaria explica que analisa o impacto financeiro da nomeação para só então definir o cronograma de chamamento. 

A Universidade, que esse ano completa 17 anos, até o momento, todos os diálogos possíveis entre a instituiçaão e Governo foram empreendidos para que o processo cumpra sua validade e que os concursados sejam nomeados o mais rápido possível.

Os candidatos passaram por provas objetiva; discursiva; avaliação de títulos, de caráter classificatório. Os vencimentos iniciais são de R$ 1.848,59 para assistente de gestão administrativa e R$ 3.080,97 para analista. 

 

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