Esporte dá às crianças direito de ser crianças

O secretário-geral da ONU elogiou esforços humanitários dos organizadores das Olimpíadas e enfatizou que equipe composta por refugiados farão este grupo ser visto como merece:

Postado em: 01-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O secretário-geral da ONU elogiou esforços humanitários dos organizadores das Olimpíadas e enfatizou que equipe composta por refugiados farão este grupo ser visto como merece:

Durante cerimônia rumo aos Jogos Olímpicos no Brasil nesta sexta-feira (29) na sede da ONU em Genebra, o secretário-geral da ONU destacou que a chama da tocha olímpica, que está de passagem pela Suíça, é um símbolo da parceria entre as Nações Unidas e o Comitê Olímpico Internacional (COI). A cerimônia contou com a presença do presidente do COI, Thomas Bach.

“As Nações Unidas se orgulham da parceria com vocês por um mundo melhor. Esta é a chama da paixão que queima no coração dos atletas e torcedores”, disse Ban. “É a chama eterna representando valores atemporais que nunca podem ser extintos. E, acima de tudo, esta chama é um farol de solidariedade com todos os povos do mundo.”

“O mundo está ansioso pelos Jogos Olímpicos do Rio — e os Jogos Paralímpicos, que também carregam os valores das Nações Unidas”, afirmou.

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Ban elogiou o “passo extraordinário” do COI ao incluir uma equipe de refugiados. Pela primeira vez na história, atletas que foram obrigados a fugir de suas casas terão uma chance de competir. Eles competirão em um time formado exclusivamente por refugiados, sob a bandeira do Comitê.

“Seus companheiros refugiados darão esperança a todos, enquanto o mundo verá os refugiados da maneira que eles merecem ser vistos: como pessoas talentosas, fortes e inspiradoras. Ganhando ou perdendo, eles são campeões do espírito”, acrescentou.

Ban Ki-moon lembrou que ele próprio já foi deslocado pela guerra em seu país — a Coreia do Sul — quando tinha apenas seis anos de idade. “Por ter conhecido tantos refugiados capazes em todo o mundo, acredito que, com regras justas, eles podem triunfar nos campos tanto do jogo quanto da vida”, afirmou o chefe da ONU, pedindo que a comunidade internacional encontre soluções duradouras para a questão dos refugiados, crise que ultrapassa em números a da Segunda Guerra Mundial.

“Vamos todos estar na equipe de refugiados até que não haja mais necessidade de uma equipe de refugiados”, ressaltou.

Ban lembrou que a ONU realizará em maio a Cúpula Humanitária Mundial, em Istambul, para tratar deste e de outros temas. Em setembro, a Assembleia Geral também realizará uma cúpula de alto nível, desta vez focada nos grandes movimentos de migrantes e refugiados. “Apelo aos líderes e às pessoas para aproveitar ao máximo essas oportunidades globais para o progresso.”

 

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