Pedágio ficará mais caro em Goiás a partir de junho

Além das questões contratuais, obra do viaduto do aeroporto de Goiânia pode entrar na conta

Postado em: 07-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Além das questões contratuais, obra do viaduto do aeroporto de Goiânia pode entrar na conta

Mardem Costa Jr.

A tarifa de pedágio das rodovias goianas geridas pela Triunfo Concebra sofrerá reajuste a partir do final de junho. O índice ainda não foi definido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas pode vir com uma surpresa nada agradável para quem trafega pelas rodovias BRs 153 (Goiânia-divisa com Minas Gerais) e 060 (Goiânia-Brasília). Além do que está previsto em contrato, também poderá entrar na conta a obra o viaduto de acesso ao aeroporto da capital goiana, sob a BR-153, a ser construído pela concessionária. O acesso não faz parte do Plano de Exploração Rodoviária (PER), que norteia as melhorias e obrigações das empresas detentoras de concessão de rodovias.

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O pedágio começou a ser cobrado no dia 27 de junho de 2015, em quatro postos instalados nas proximidades de Alexânia, Goianápolis, Professor Jamil e Itumbiara, com variação de preços entre cada unidade. Para poder fazer a cobrança, a Triunfo Concebra implementou postos de atendimento ao usuário (SAUs), promoveu serviços de limpeza e conservação da via e a duplicação de 65 quilômetros (km) da BR-262, na região do Triângulo Mineiro. Até o quinto ano de operação, a empresa deverá duplicar os trechos ainda em via única, construir quatro interseções, 38 passarelas e 11 melhorias de acesso. Ainda constam na lista 36 km de vias marginais em travessias urbanas, a terceira faixa entre Goiânia e Anápolis e um novo contorno entre a capital e a saída para Hidrolândia. 

No caso do acesso ao aeroporto, a obra seria inicialmente de responsabilidade municipal. No entanto, com a crise econômica enfrentada pela Prefeitura de Goiânia,  o prefeito Paulo Garcia (PT) articulou, juntamente com a União e Triunfo, a transferência da responsabilidade da construção para a concessionária, o que poderia facilitar a finalização dos trabalhos. O mais irônico é apesar da obra do aeroporto ter começado em 2004, há mais de dez anos, somente no ano passado a preocupação com o viaduto recebeu atenção das autoridades municipais e federais. 

DISCORDÂNCIAS

A notícia do reajuste pegou de surpresa a professora Lorena Melo, que mora em Goiânia dá aula em Anápolis. “Somado ao combustível, meu custo subirá ainda mais, e o meu salário não acompanha tantos aumentos”, pontuou. O autônomo Rafael Santos, que faz o trajeto inverso, avalia que o valor cobrado é elevado. “O pedágio foi instalado há pouco tempo e apresenta um preço acima do padrão de mercado em relação àqueles cobrados em outros estados”. 

OUTRO LADO

A Triunfo Concebra esclareceu que o custo do viaduto só será acrescentado à tarifa caso a obra seja iniciada até o final do primeiro semestre desse ano e que o reajuste segue conforme o contrato assinado com a União. Segundo a empresa, o cronograma das obras está dentro do prazo estabelecido. A ANTT, por sua vez, não enviou resposta até o fechamento da reportagem. (Especial para O Hoje)

 

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