Trânsito cada vez mais travado para sair de Goiânia

Órgãos responsáveis pelo perímetro urbano de rodovias informam que não há medida a curto prazo para solucionar problemas

Postado em: 11-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Órgãos responsáveis pelo perímetro urbano de rodovias informam que não há medida a curto prazo para solucionar problemas

Karla Araujo

O motorista que passa pela Avenida Pedro Ludovico, entre a Vila Canaã e o Parque Oeste Industrial, está acostumado com o trânsito travado entre as 7h e 8h30 e 17h30 e 18h30. A via dá acesso a BR 060, saída para Rio Verde. O problema se repete também em outras vias, como na Avenida Contorno, no Conjunto Anhanguera. Condutores que desejam acessar a BR-153 no sentido Anápolis ou São Paulo, que vieram da região do Setor Parque Atheneu, precisam passar pela rotatória, o que gera congestionamento. O transtorno é o mesmo para sair de Goiânia em direção a Inhumas e Trindade, na GO 070.

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O vendedor Pedro Henrique Amorim Silva, 28, passa pela rotatória da Avenida Contorno duas vezes por dia em horários de pico, às 7h30 e às 18h30. Pedro conta que já tentou pegar desvios, mas o perímetro a ser percorrido é maior e também há congestionamento no percurso. 

João Costa Filho, 33, é proprietário de uma borracharia localizada na Avenida Pedro Ludovico, próximo ao cruzamento com a Alameda Câmara Filho. Ele conta que entre 6h30 e 8h30, o trânsito no sentido Goiânia fica completamente parado, pois a grande quantidade de carros não flui com rapidez pela rotatória. 

O doutor em engenharia de transportes pela Universidade de São Paulo (USP) e professor do curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Benjamin Jorge Rodrigues dos Santos, não acredita que as rotatórias sejam empecilho para o trafego. “Falta planejar melhor. O poder público precisa começar agora ações que terão efeito em cinco ou dez anos”, aconselha o especialista. 

Soluções

Para Santos, a saída para desafogar o trânsito nas saídas de Goiânia e também dentro da cidade é o investimento em transporte público. “O ideal seria que todos os municípios próximos a Goiânia estivessem ligados por linhas de trens e ônibus de qualidade”, reitera o professor. 

No caso do perímetro urbano da BR-153, por exemplo, a obra de desvio de 42 quilômetros, anunciada no ano passado pelo ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, é avaliada pelo especialista como de extrema importância. De acordo com a Triunfo Concebra, concessionária responsável pela administração de parte da BR-153, a intervenção ainda não começou devido ao impasse burocrático entre instituições públicas (estadual e federal), quanto ao consentimento de licença ambiental. 

 Dnit não tem planos para atender a região

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é responsável pelo trecho citado da Avenida Pedro Ludovico. Por nota, a autarquia informou que não possui contrato ativo e por isso não pode atender às demandas atuais, mas garantiu que as reclamações serão averiguadas. 

Já a saída para Inhumas e Trindade, GO 060, é responsabilidade da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). Também por nota, o órgão informou que não existe solução paliativa para resolver o problema de congestionamento na saída para a GO-070. A alternativa para é a construção de um viaduto no local. 

No caso da rotatória da Avenida Contorno, a Secretaria Municipal de Trânsito Transporte e Mobilidade (SMT) informou que o trânsito no local é responsabilidade do Dnit. Por sua vez, a autarquia informou que a BR-153 está concedida, e intervenções no local são obrigação da Triunfo Concebra. A empresa informou que o trecho é atribuição do município.  

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