Banco de DNA terá efetivo ampliado

O Banco de DNA de Goiás começou a funcionar em 2014 e já auxiliou a solução de três casos, sendo dois estaduais e um interestadual

Postado em: 20-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Banco de DNA terá efetivo ampliado
O Banco de DNA de Goiás começou a funcionar em 2014 e já auxiliou a solução de três casos, sendo dois estaduais e um interestadual

O Banco de Perfil Genético de Goiás terá em breve maior capacidade de resposta para a elucidação de crimes, com o reforço do efetivo que será triplicado, passando de quatro para 12 servidores. O ingresso ocorreu após o chamamento, no último dia 2, de 230 aprovados no Concurso Público da Polícia Técnico-Científica (PTC).

De acordo com a superintendente Rejane Barcelos, antes a equipe precisará ser submetida a treinamento para realizar a análise, mapeamento, inclusão no sistema e cruzamento de amostras de DNA em laboratório.

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Ela explica que, desta forma, será possível ampliar os perfis genéticos inseridos no banco de dados, por meio da coleta de novas amostras de DNA. Atualmente, são 148. As amostras são coletadas porDNA4 meio da saliva. A Lei Federal 12.654/2012 estabelece que somente presos condenados por crimes hediondos ( homicídio, latrocínio e estupro) estão sujeitos ao procedimento.

Rede integrada

Dezoito estados brasileiros e o Distrito Federal integram uma rede de compartilhamento de dados informatizados (Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos), o que possibilita a resolução de crimes em níveis regional e interestadual. A rede é administrada pela União, por meio do Ministério da Justiça, e possui normas definidas por entidades como Ministério Público, Defensoria Pública e outros com a finalidade de assegurar respeitos e garantias aos direitos individuais nos procedimentos.

Segundo a superintendente, o software adotado foi cedido pelo FBI em maio de 2012 e utiliza uma tecnologia sofisticada. “Em 2010, conseguimos montar o laboratório na Polícia Técnico-Científica. De 2010 a 2012, nós fomos nos qualificando porque existem regras básicas para participar. Em maio de 2012, conseguimos receber o software e  trabalhar em relação ao banco de dados, levou um tempo para ser instalado e validado em relação ao governo federal”, afirma.

Casos

O Banco de DNA de Goiás começou a funcionar em 2014 e já auxiliou a solução de três casos, sendo dois estaduais e um interestadual. Os materiais precisam ser comparados a vestígios (provas) encontrados pelos peritos em locais de crime que possam apontar a autoria deles. O primeiro caso solucionado, em 2015, ocorreu no Estado do Pará. “Tivemos um caso em que um indivíduo foi preso em flagrante por estupro aqui em Goiás. O juiz solicitou que inseríssemos o perfil dele no banco e quando inserimos, o banco apontou um match (coincidência) com o material genético encontrado em uma vítima no Pará”, diz. O criminoso tinha cometido o estupro anteriormente. 

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