23 morrem por hora no Brasil por complicações pelo uso do tabaco

Dados da OMS apontam que um terço da população mundial adulta é fumante

Postado em: 31-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Dados da OMS apontam que um terço da população mundial adulta é fumante

O Brasil adota importantes medidas para controle e diminuição do uso do tabaco. Em 2005, aderiu à Convenção-Quadro do Controle de Tabaco (CQCT), que é um tratado internacional de saúde pública para elaborar e atualizar as políticas de controle e proteger as políticas nacionais contra os interesses da indústria da substância. Essas medidas têm como meta reduzir a demanda e a oferta do tabaco, proteger o meio ambiente e conscientizar a população dos perigos do cigarro.

Hoje é comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco. Dados da OMS apontam que um terço da população mundial adulta é fumante. Considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo, no Brasil, 23 pessoas morrem a cada hora por complicações pelo uso do tabaco. 

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Em dezembro de 2011, a presidente na época, Dilma Rousseff sancionou uma nova Lei do Fumo, que estabeleceu o preço mínimo de três reais para o cigarro, aumentou a carga tributária sobre o produto, vetou a propaganda nos pontos de venda e proibiu o fumo em locais fechados. O aumento de preço do cigarro é considerado uma das medidas mais eficazes para conter o tabagismo. 

Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a retirada de cigarros com sabor do mercado e restringiu o uso de aditivos que dão aroma, como cravo, baunilha e mentol. 

Doenças 

Muitos estudos evidenciam que o consumo de derivados do tabaco causa quase 50 doenças diferentes, principalmente as cardiovasculares (infarto, angina), o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite). O total de mortes por causa do tabaco atingiu 4,9 milhões de pessoas por ano, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. 

Pesquisa desenvolvida pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor) mostrou uma redução de 12% nas mortes por infarto com a adoção da Lei Antifumo. O estudo feito pelo Incor, que é vinculado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, indicou ainda uma queda de 5% nas internações hospitalares ligadas ao infarto. 

 

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