Sinalização incomoda moradores e visitantes de Goiânia

Crítica recorrente de pessoas que visitam a Capital, a falta de placas viárias parece um problema longe de ser sanado

Postado em: 31-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Crítica recorrente de pessoas que visitam a Capital, a falta de placas viárias parece um problema longe de ser sanado

MARDEM COSTA JR. 

Andar por Goiânia pode ser uma aventura nada agradável para quem não conhece seus caminhos. É que a sinalização indicativa de bairros, importantes vias e pontos turísticos não cobrem efetivamente todos os pontos da cidade. Essa, aliás, é uma das costumeiras reclamações de quem visita a capital goiana. Para eles, qualquer aparelho dotado do sistema de posicionamento global (GPS) é algo necessário para não perder tempo pedindo ajuda ou rodando a esmo.

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Se o problema é notável na região central, com uma infraestrutura já consolidada, é gritante nas áreas periféricas. Ontem, a equipe de O HOJE verificou que quanto mais um bairro está distante do Centro, mais as placas tornam-se escassas. Quem chega de outras cidades pelas rodovias sequer é informado das distâncias de centralidades como shoppings, a rodoviária, o aeroporto e o Estádio Serra Dourada.

Como se não bastasse, algumas das placas que foram instaladas nos anos 1980 e 1990 desgastaram-se com o tempo. Durante o dia é possível a leitura, mas à noite o equipamento é um simples enfeite urbano vítima do ostracismo das autoridades. Algumas dessas “pérolas” podem ser encontradas nas Avenidas Oeste e República do Líbano, no Setor Aeroporto.

Para piorar a sinalização turística, cuja instalação foi iniciada em 2008 e que conta até com roteiros bilíngües, chegou a ter sua execução paralisada pela empresa contratada, Fernanda Caetano e Cunha ME, em função da falta de verbas acordadas com o governo federal. Mesmo aquelas já instaladas não indicam plenamente os caminhos propostos.

APUROS

O estudante Airton Freitas vive em Goiânia há três anos. Vindo de Minas Gerais, teve dificuldade para entender a dinâmica da cidade. “O GPS é uma ferramenta fundamental para andar aqui. Cansei de parar em lugares diferentes por deficiência da sinalização e até mesmo a falta de noção das pessoas em indicar um caminho prático”, diz.

Eduardo Carvelho, professor de gestão pública, mora na capital há dez anos e já passou apuros para chegar aos compromissos. “Cansei de pagar táxi para estar nas minhas atividades profissionais ou de lazer dentro do horário. Se eu dependesse das placas, estaria perdido. Morei em São Paulo e sei o perigo de entrar num lugar errado e dar de cara com um tiroteio, por exemplo.”, queixa-se.  

Prefeitura não tem prazo para solução 

O transfusionista Paulo Godoy acredita que os moradores de Goiânia acabam se acostumando com o problema, apesar de ser um absurdo. “A rotina acaba criando o costume, mas entendo que para quem vem de fora é algo péssimo. Falta iniciativa da prefeitura em resolver a questão”, avalia.

A mesma visão é comungada pelo produtor Thiago Borges. “Aprendi a andar aqui no dia a dia, mas já escutei muitos familiares reclamarem da dificuldade de andar por lugares como shoppings, bares do Marista e ao aeroporto. Eu não me perco facilmente, mas já precisei recorrer ao GPS para chegar nos lugares mais distantes”, pontua.

OUTRO LADO

A Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul) informa que até julho a sinalização turística estará completa. O órgão alega ter programado alterações para atender ao novo terminal do Aeroporto Santa Genoveva e a Basílica de Campinas. As verbas do investimento vieram do programa PAC Mobilidade Urbana. 

Já a Secretaria Municipal de Trânsito (SMT), por sua vez, esclarece que enviará uma equipe para vistoriar as placas de orientação de tráfego citadas na reportagem, sem prazo para solução.

 

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