Polícia de GO cumpre mandado de prisão no RS

Investigações começaram após denúncias feitas à 8ª Delegacia Regional de Rio Verde

Postado em: 03-06-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Investigações começaram após denúncias feitas à 8ª Delegacia Regional de Rio Verde

A Polícia Civil de Goiás prendeu, na quarta-feira (1º), José Valdir Misnerovicz, 45, acusado de liderar, incentivar e cometer diversos crimes na zona rural do município de Santa Helena de Goiás. Havia um mandado de prisão expedido pela Justiça goiana. Além dele, também foi preso Luís Batista Borges, 46, em abril último. José Valdir fugiu para outro estado – foi preso em Veranópolis, no Rio Grande do Sul, cidade distante 150 quilômetros da capital, Porto Alegre. Os agentes de Goiás contaram com parceria da polícia gaúcha na operação.

Popularmente, o acusado é conhecido como “coordenador” do Movimento dos Trabalhadores Rural Sem Terra (MST). As investigações, comandadas pela 8ª Delegacia Regional de Rio Verde, começaram quando várias pessoas que eram vítimas dos acusados resolveram denunciar os crimes praticados por eles nas áreas da Fazenda Várzea da Ema e Fazenda Mário Moraes, ambas localizadas em Santa Helena de Goiás – distante 220 quilômetros da Capital.

De acordo com a Polícia Civil goiana, após sofrerem diversos tipos de agressões, seis pessoas procuraram a polícia para denunciar as ocorrências. As vítimas relataram os fatos e apresentaram provas como fotos e vídeos onde os denunciados apareciam cometendo os crimes. 

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Máquinas

Após ocuparem as duas fazendas em outubro de 2015, o grupo liderado pelos investigados passou a praticar diversos crimes como, por exemplo, roubo de máquinas agrícolas e de veículos utilizados por funcionários que prestavam serviços às propriedades.

No contexto da prisão de José Valdir Misnerovicz, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) destaca o empenho das forças policiais goianas como reafirma que não haverá condescendência com nenhum tipo de crime cometido em Goiás, onde os direitos individuais e coletivos precisam ser respeitados na forma da Lei – assim como a manutenção da ordem pública – e onde a polícia atua no enfrentamento ao crime, seja ele contra a vida ou contra o patrimônio público ou privado, entre outros tipos. A polícia goiana trabalha de forma rigorosa na defesa da paz social e da população.

Histórico

No dia 5 de outubro de 2015, o caseiro Edivânio Moreira Barroso e sua esposa foram até um barracão da Fazenda Várzea das Emas para apanhar ferramentas. Ao chegarem ao local, eles foram surpreendidos e cercados por um grupo de pessoas que os ameaçaram de morte e, depois, foram fechados dentro do barracão por cerca de 40 minutos. Ao registrar queixa na Delegacia de Santa Helena, eles disseram na ocasião que os agressores portavam armas brancas e mandavam que transmitissem ameaças dirigidas ao proprietário da fazenda.

Privilégios

Dois dias depois, o escritório da mulher de Marco Antônio de Oliveira, dono da fazenda, foi invadido por um homem que se apresentou como “oficial federal” e investigava seu marido por ser primo de juiz e, que, por isso, gozava de alguns privilégios. Após tentativa de intimidação da mulher, ele sugeriu “que o melhor era que pegasse sua família e viajasse para longe, que saíssem da cidade, pois seria melhor para eles”.

A partir dos acontecimentos, as ameaças e outras espécies de crimes se intensificaram contra o casal.  

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