Gastronomia com sabor de arte

O Cepal do Setor Sul, em Goiânia, recebe hoje a primeira edição da Disco Xepa. O evento, que será embalado por DJ’s se destina a discutir o melhor aproveitamento dos alimentos para reduzir o desperdício. Voluntários serão convidados a coletar, higienizar, cortar e cozinhar a xepa, aquele restinho de feira que o consumidor e o feirante costumam descartar por estar amassado, machucado ou deformado.

O evento gastronômico e musical reunirá chefs renomados da região para criarem pratos deliciosos e nutritivos fazendo uso exclusivo da xepa. Todos os pratos serão distribuídos gratuitamente durante evento.

Os chefs que confirmaram presença: Emiliana Azambuja, Pedro Melo, Carol Morais, André Barros, Patrícia Garcia, Fabrina Cunha, Henrique Marques, Thiago Miguel, Raquel Santiago, Márcio Zago e Bianca Borges.

Participam do evento também feirantes, consumidores, estudantes de Nutrição e Gastronomia e todos os interessados na luta contra o descarte de comida boa. O evento integra o Disco Xepa Day, que ocorre simultaneamente em diversas capitais do Brasil aproveitando a Semana Nacional do Meio Ambiente.

Cerca de 30% dos alimentos produzidos no Brasil vão para o lixo. Nas feiras livres, esse índice gira em torno de 10%. São hortifrútis em condições de consumo, mas que são descartados por estarem “feios”. Estes alimentos não estão estragados, mas são considerados de pouco ou nenhum valor comercial por não se encaixarem no padrão estético e de mercado exigido pelos varejistas e consumidores. Como ninguém quer levá-los para casa, acabam jogados fora.

O desperdício na feira começa na forma como os alimentos são transportados, encaixotados, armazenados e colocados nas bancas. É importante citar que o consumidor colabora para esta situação quando – ao pegar os alimentos para checá-los – provoca algum dano. Mas o feirante tem um papel essencial no cuidado dos hortifrútis que estão na feira.

Saiba mais

A Disco Xepa é uma realização do movimento Slow Food, criado nos anos 80 na Itália em defesa de um alimento bom, limpo e justo. O movimento defende que isso é possível por meio de uma preocupação maior com a produção da comida, sem prejudicar nossa saúde, o meio ambiente e os animais, a forma com ela chega ao consumidor e o preparo até chegar à nossa mesa e ao nosso corpo. (Da redação com assessoria)