Segunda-feira, 01 de julho de 2024

20 anos depois acontece julgamento

Foram mais de 8 horas de depoimento de testemunhas e informantes arroladas pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) no julgamento

Postado em: 08-06-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

Foram mais de 8 horas de depoimento de testemunhas e informantes arroladas pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) no julgamento de Frederico da Rocha Talone e Alessandri da Rocha Almeida, acusados da morte de Martha Maria Cozac e do sobrinho dela, Henrique Talone, de 10 anos, em outubro de 1996. O júri começou às 8h40min, de ontem e a previsão era para que terminasse na madrugada de hoje.

O início da noite de ontem, sete testemunhas e três informantes haviam sido ouvidas. Agora, faltam nove testemunhas de defesa. Por volta das 17 horas, o julgamento foi interrompido pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, que deu um intervalo de 15 minutos.

O dia foi marcado pelo depoimento de mais de duas horas de Alonso de Souza Pinheiro, pai de Henrique Talone. Na condição de informante, ou seja, ele não prestou compromisso de dizer a verdade, devido ao parentesco com a vítima, ele discorreu sobre a notícia do falecimento do filho. Segundo ele, Elcione Maria da Rocha Talone, mãe de Frederico, ligou e disse que o filho dele havia morrido. “Ela me disse assim: Seu filho morreu, seu burro”.

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Segundo ele, ao ficar sabendo do crime, ele foi ao até a sede da confecção de Martha Cozac e constatou que o local estava totalmente abandonado e garantiu que Elcione havia lavado o local do crime e não deixou ninguém entrar no quarto. “A porta do quarto onde eles estavam teve de ser arrombada porque estava trancada. No local do fato você não via nenhum vestígio. A Martha foi executada em cima da cama e os edredons foram lavados por Elcione”, relatou.

Devido a essas declarações, ele foi debatido pela defesa o que causou “mal-estar” entre acusação e os defensores , tendo o juiz que pedir ordem no 1° Tribunal do Júri. Familiares das vítimas e dos réus se manifestaram no plenário. “A próxima manifestação que houver, o oficial irá retirar a pessoa do local”, reiterou o magistrado aos presentes.

Alonso contou detalhes de como tentou ajudar nas investigações, por ser advogado e por ter tido o filho assassinado naquelas circunstâncias. Ao ser questionado pelo defensor, Paulo Teles, sobre as investigações ele confirmou que pediu ao delegado para pedir a prisão de Elcione. “Ela adulterou provas”, afirmou. 

Histórico

A empresária Martha Maria Cozac e o garoto Henrique Talone Pinheiro foram assassinados 7 de outubro de 1996, no interior da empresa de confecção Última Página, de propriedade de Martha Cozac, então localizada na Rua 132-A, no Setor Sul. O júri foi adiado diversas vezes, o que provocou reclamações por parte da família das vítimas.

Os dois foram mortos a facadas. Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), depois de cometerem o crime, Frederico e Alessandri roubaram um cheque preenchido, assinado e endossado por Martha, no valor de R$ 1,5 mil, a carteira de identidade, cartões de crédito e de banco dela, aparelho de som, jóias e dinheiro. (Da redação com assessoria do TJ-GO)

 

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