Lixo e entulho se acumulam às margens de córregos

Presidente da Comurg informa que limpeza é realizada de forma periódica, mas dá prioridade às denúncias

Postado em: 09-06-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Lixo e entulho se acumulam às margens de córregos
Presidente da Comurg informa que limpeza é realizada de forma periódica, mas dá prioridade às denúncias

Karla Araújo

Da ponte localizada na Avenida C-4, no Jardim América, é possível ver restos de construção jogados dentro da água e às margens do Córrego Cascavel. Além do entulho, garrafas e sacos plásticos também fazem parte da paisagem. Solange Alves, 37, é secretária em uma empresa de som que fica ao lado do córrego. Ela reclama principalmente do mau cheiro causado pela decomposição de animais mortos. 

Continua após a publicidade

“Nunca vi ninguém jogando nada no córrego, mas está sempre sujo. Eles devem jogar a noite. Quando tem algum bicho morto, o odor é insuportável”, diz Solange. A secretária Jéssica Gomes, 21, também trabalha em uma gráfica localizada próxima à ponte. Ela conta que no início do ano o mau cheiro causado por um animal morto no local estava tão forte que uma pessoa colocou fogo no material. “Ficou pior ainda e tivemos que chamar o corpo de bombeiros”, diz Jéssica.

A situação é parecida no trecho do córrego que passa pela Marginal Cascavel. A reportagem do O HOJE encontrou lixo e entulho acumulado ao longo do curso d’água, principalmente no trecho localizado no Setor Sol Nascente. O problema se repete no trecho do córrego Vaca Brava localizado próximo à Avenida T-7, no setor Bueno.

Entulho

O estudante de teologia Antônio Teles, 20, passa pelo local todos os dias e comemora a obra realizada no local para refazer parte da calçada que havia cedido. “Antes tinha que desviar pelo asfalto. Mesmo assim ainda tem o problema do mato alto, lixo e entulho dentro do córrego. Nunca vi nenhum funcionário da prefeitura limpando”, diz Antônio. No local, placas de concreto destacam-se no leito do córrego.

De acordo com o presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Edilberto Dias, 80 funcionários públicos trabalham diariamente na limpeza dos córregos que cortam Goiânia. Segundo ele, são centenas de quilômetros de margem e, por isso, é comum que trechos acumulem lixo, mas não por muito tempo.

Vistoria

“Quando recebemos reclamações, damos prioridade. O mesmo acontece com trechos próximos a pontes”, explica o presidente. De acordo com Dias, recentemente foi realizada a limpeza de toda a margem do cós córregos Cascavel e Botafogo. Ainda segundo o presidente da Comurg, o órgão não faz nenhum tipo de fiscalização para evitar que lixo e entulho sejam despejados nesses locais. 

“Não é possível fiscalizar porque as pessoas jogam lixo geralmente durante a noite. E isso não acontece apenas em córregos, mas em lotes baldios também”, lembra Edilberto. De acordo com o presidente, os trechos dos córregos Cascavel e Vaca Brava citados na reportagem serão vistoriados e limpos ainda na manhã de hoje por equipes da Comurg. 

 

Veja Também