PC e PM prendem ladrões de banco

Ação integrada entre as polícias Civil e Militar resultou na prisão de dois suspeitos de integrar uma associação criminosa responsável por oito roubos a agências bancárias que ocorreram desde janeiro em Goiânia e região metropolitana. A apresentação dos dois acusados ocorreu na tarde de ontem no auditório da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP).  

A desarticulação da associação criminosa é fruto de ação conjunta do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Grupo de Radiopatrulha Aérea (GRAer), ambos da Polícia Militar, e Grupo Antirroubo a Bancos (GAB), da Polícia Civil.

Os suspeitos são Thiago Pereira dos Santos, 21, e Hemerson Júnior Costa, 31. Além dos dois detidos, as polícias já têm informações que comprovam a participação de outros dois criminosos que devem ser presos em breve.

Com eles foram encontrados um veículo roubado, telefones celulares, um carregador de arma de fogo, cartões de crédito e dinheiro. Após diligências nas casas dos suspeitos, em Goianira, foram encontrados explosivos, munições, placas de carros de outros estados, roupas, mochilas e ferramentas usadas no arrombamento de agências.

De acordo com o titular do Grupo Antirroubo a Banco (GAB), ligado à Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Alex Nicolau do Nascimento Vasconcellos, todo o material encontrado com os dois confirma que já estariam prontos para outras ações. Uma grande quantidade de emulsão encartuchada (explosivos prontos para uso) seria utilizada para explodir outras agências.

De acordo com o comandante de Missões Especiais da Polícia Militar, Tenente-Coronel Wellington Urzeda, Thiago e Hemerson Júnior possuem diversas passagens pela polícia por crimes, como roubo, receptação, tráfico de drogas e homicídios. “Os demais que ainda estão soltos também são reincidentes. Um deles, inclusive, possui nove passagens pela polícia, o que comprova que o grupo tem uma longa experiência no mundo do crime”, relata.

Prisões

O delegado Alex Vasconcellos relata a prisão dos suspeitos, que segundo ele, eram acusados por outros crimes. “No momento em que o Bope e o GRAer tentaram efetuar a prisão de Thiago Pereira dos Santos por roubo de veículos, este fugiu para a casa de Hemerson e se escondeu dentro de um colchão, aproveitando-se da pouca estrutura física”, disse.

Ainda de acordo com o delegado, após a abordagem, eles confessaram a participação nas explosões das agências bancárias. “De porte dessas informações, os policiais comunicaram a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), e então fizemos um link com os fatos relatados”, afirma.

“Como a forma de atuação do grupo era muito parecida, logo percebemos que se tratava dos mesmos criminosos. Eles quebravam a porta das agências com o uso de explosivos, mas não faziam reféns”, relata o delegado ao ressaltar que a associação criminosa não tem nenhuma relação com o grupo conhecido como “novo cangaço”, que comete crimes parecidos em municípios do Norte de Goiás e outros estados.