Após aperto do MP, Goiânia recebe nova iluminação

Karla Araujo

Quase dois meses após o início da troca de lâmpadas queimadas em postes da capital, 16 mil pontos luminosos foram substituídos. O dado foi divulgado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra). A troca começou no dia 25 de abril, depois que o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) aprovou o cronograma apresentado pela Prefeitura de Goiânia para solucionar o problema. Antes disso, o município havia descumprido um termo de ajustamento de conduta (TAC) em que se comprometia a trocar as lâmpadas queimadas que estavam em locais públicos da capital. 

De acordo com o novo cronograma, a Seinfra tem ainda um mês para concluir a substituição de duas mil lâmpadas e, assim, cumprir o acordo da troca de 18 mil pontos luminosos. “Se continuarmos neste ritmo, o trabalho deve ser finalizado até a próxima semana”, afirma a diretora de Serviços Públicos da secretaria, Dina Guimarães Trindade.

Equipes da Seinfra trabalhavam ontem (16) na Região Noroeste e começavam o serviço na Região Norte, nos setores São Judas Tadeu e Conjunto Itatiaia. Entretanto a diretora afirma que não pode garantir que todas as lâmpadas estarão funcionando quando as equipes da secretaria passarem pelo último bairro. “Existem pontos que estragam depois, porque já eram antigos. A população deve informar sobre estes casos pelo telefone 156”, orienta Dina. De acordo com a diretora, a Seinfra continuará realizando a troca de lâmpadas até a conclusão da licitação que está em andamento para terceirizar o serviço de iluminação pública no município. 

Estrutura

Dez equipes da Seinfra estão trabalhando durante o dia e outras dez à noite para trocar todas as lâmpadas dentro do prazo, que termina no fim de julho. Um contrato emergencial – que dispensa de licitação – de R$ 7,5 milhões foi firmado entre a prefeitura e a empresa responsável por entregar lâmpadas, cabos, reatores e conectores. O pagamento, explica Dina, será realizado à medida que a Seinfra solicitar o material.

O promotor Fernando Krebs, responsável pelo TAC, afirma que o MPGO não aceitará que a cidade esteja às escuras quando o prazo encerrar-se. “Além dos 18 mil pontos que exigimos, sabemos que outras lâmpadas queimaram”, afirma Krebs. De acordo com o promotor, o Ministério Público vai verificar a situação da cidade ao final do prazo, se o resultado não for satisfatório, o órgão poderá até pedir a saída do prefeito Paulo Garcia do cargo.

Acordo

O TAC foi firmado entre Prefeitura de Goiânia e o Ministério Público em abril de 2015 e o município comprometeu-se a trocar todas as lâmpadas queimadas das ruas da capital em 180 dias. Com o fim do prazo, faltavam ainda 15 mil pontos. Com a situação, o MPGO acionou a Justiça, que determinou a substituição das lâmpadas estragadas remanescentes em 30 dias. No prazo final para cumprir o TAC, a Seinfra apresentou o novo cronograma, que foi aceito pelo MPGO.