Segunda-feira, 22 de julho de 2024

‘Não menti, um funcionário da UFG também viu a vítima’, diz estudante

Jovem afirma que outra testemunha viu a garota, mas foi omitida porque é funcionário da UFG e está em estágio probatório

Postado em: 17-06-2016 às 11h00
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: ‘Não menti, um funcionário da UFG também viu a vítima’, diz estudante
Jovem afirma que outra testemunha viu a garota, mas foi omitida porque é funcionário da UFG e está em estágio probatório

Jéssica Chiareli

Mais uma reviravolta pode vir à tona no inquérito que
investiga um relato de estupro na Faculdade de Informação e Comunicação da
Universidade Federal de Goiás (UFG). O depoimento da, até então, única
testemunha do crime. D.B., foi considerado falso pela delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Elisa Gomes.

Continua após a publicidade

A delegada havia declarado ao jornal Opção ontem (16) que
tinha convicção de que o estudante não havia mentido sobre o estupro, no
entanto, ao analisar as imagens de segurança da faculdade, registradas dias
antes do ocorrido, e que mostram o jovem virando a câmara para um ângulo em
direção contrária ao banheiro – em que a vítima teria ido – a fez mudar de
opinião. Em entrevista coletiva à imprensa, Elisa afirmou que o relato de
estupro é falso.

D. confirmou para O Hoje que é realmente ele quem aparece
nas gravações virando a câmera, mas se justificou afirmando que sequer se
lembrava do ato e que não premeditou o caso. Sobre a conclusão da delegada, o
estudante afirmou que não mentiu e revelou com exclusividade que há outra
testemunha. “Tem outra testemunha, que eu não falei sobre ela porque ela não
chegou a ir no banheiro comigo, mas também viu a menina. Eu a omiti porque é
funcionário da UFG e ainda está em estágio probatório e eu não queria colocá-lo
nessa situação”, disse.

Ainda de acordo com o estudante, a nova testemunha confirmou
que irá prestar depoimento.

Iluminação e segurança

Outros pontos contraditórios apontados pela delegada são a
iluminação e a presença de guardas. De acordo com ela, o local estava iluminado
e havia sim seguranças, ao contrário do que o estudante apontou em seu depoimento.

Por outro lado, alunos que estavam em pontos de ônibus
afirmam ter ouvido D.B. gritar por socorro e garantem que chegaram até o local
onde teria ocorrido o crime antes da segurança interna da universidade.

Ontem (16), as luzes da Faculdade de Informação e
Comunicação foram trocadas, o que aponta que elas de fato não poderiam estar
funcionando bem. “Ontem mesmo foi realizada a poda de algumas árvores no
estacionamento da FIC, onde aconteceu o caso e começaram a iluminar lá”, diz
uma aluna.  

Foto: reprodução

Veja Também