Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Pirataria no ramo da moda é foco de falsificadores

Marca nacional com sede em Belo Horizonte tinha produtos falsificados vendidos em Goiânia

Postado em: 01-07-2016 às 23h00
Por: Sheyla Sousa
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Marca nacional com sede em Belo Horizonte tinha produtos falsificados vendidos em Goiânia

Karla Araujo

A falsificação de produtos da indústria da moda é um negócio lucrativo, mas difícil de identificar. Grande pólo da indústria têxtil, Goiânia também atrai falsificadores que se aproveitam do apelo comercial do segmento para piratear marcas famosas. Apesar de não ter sido o foco da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) nos últimos meses, apreensões foram efetuadas após denúncias. 

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Uma delas aconteceu nesta semana, quando uma equipe da Decon cumpriu mandados de busca e apreensão em duas lojas da empresa Xerri Moda Íntima, localizadas no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia.

O delegado adjunto Frederico Maciel explica que a proprietária da marca Top Mágico, de Belo Horizonte (MG), veio a Goiânia para denunciar lojas situadas na capital que estavam vendendo sutiãs como se fossem de sua marca. “A dona da marca ficou sabendo do crime pelas redes sociais. Ela tentou entrar em contato com os proprietários das lojas, mas não teve sucesso. Chegou até a fazer uma notificação extrajudicial pedindo que deixassem de usar a marca, mas também não deu certo, por isso ela preferiu fazer a denúncia pessoalmente”, explica Maciel.

Ao cumprir os mandados, diz o delegado, foram apreendidos 290 sutiãs e os vendedores que estavam nos estabelecimentos foram encaminhados à Decon. No local, eles prestaram depoimento e foram liberados. Ainda de acordo com Maciel, os proprietários das lojas foram identificados e intimados a comparecer à delegacia na próxima semana. “Eles serão indiciados por estelionato, pois enganaram clientes ao dizer que vendiam produto de determinada marca, e comercialização de produto pirata”, afirma Maciel. Ainda de acordo com o delegado, mesmo se forem condenados, dificilmente os suspeitos cumprirão penas em regime fechado.

No ano passado, a Polícia Militar encontrou 1,2 mil peças de roupas falsificadas em uma loja, também localizada no Setor Norte Ferroviário. Na ocasião, duas pessoas foram presas enquanto comercializavam a mercadoria. Além do material, três revólveres e duas pistolas foram apreendidos com os suspeitos. Em março deste ano, um homem foi preso com cerca de duas mil peças pirateadas em uma loja localizada no mesmo setor. Uma equipe da PM chegou ao local após denuncia anônima de que um homem que estava local havia participado do roubo a uma caminhonete. Quando chegou ao local, os policiais encontraram a mercadoria.  

Preço

Para fugir dos produtos falsificados e mesmo assim garantir o menor preço e material de qualidade, muitos consumidores optam pelas mercadorias de confecções pequenas com sede em Goiás. É o caso da bancária Dulce Moreira Damasceno Batista, 53, que, com frequência, vai ao município de Jaraguá, no Vale do São Patrício, para comprar roupas. “A diferença de preço é enorme. São as mesmas mercadorias de grandes lojas. Calças jeans que custam R$ 160 em um shopping são vendidas pela metade do preço e não são falsificações”, afirma Dulce. 

Da mesma forma, a estudante de História, Janaína Ferreira, 19, também procura os menores preços nas pequenas confecções independentes, mas evita as falsificações. “Não me importo quanto custou a roupa ou onde comprei, basta que eu tenha gostado”, afirma Janaína. Para garantir produtos de melhor qualidade, a estudante afirma que algumas mercadorias precisam de mais pesquisa, como sapatos e bolsas.

 

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