Secretário deve ficar no cargo

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), anunciou ontem que o gestor será mantido na pasta

Postado em: 06-07-2016 às 00h00
Por: Sheyla Sousa
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O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), anunciou ontem que o gestor será mantido na pasta

Rhudy Crysthian

Apesar da suspeita levantada em torno da participação societária da mulher do secretário da Saúde de Goiânia, Fernando Machado, em uma UTI particular, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), anunciou ontem que o gestor será mantido na pasta. A afirmação foi feita durante a inauguração do Teleférico do Parque Mutirama. O petis(Rhudy Crysthian) ta refutou a possibilidade de afastá-lo em função dos desdobramentos da Operação SOS Samu.

O Ministério Púbico do Estado de Goiás (MP-GO) informou que Machado também será investigado na operação que apura fraudes no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele deve ser notificado nos próximos dias para prestar esclarecimentos. O secretario garante que não tem nenhum envolvimento com as supostas irregularidades na operação. 

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Por meio de nota, o secretário afirmou que o fato de sua esposa ter cotas em uma empresa de UTI em outro município (Aparecida de Goiânia) “não configura participação dos mesmos em qualquer ilícito”. A família adquiriu cotas na empresa em período anterior à gestão de Fernando Machado. 

Preso 

Foi decretada novamente a prisão do médico Rafael Haddad na tarde desta segunda-feira (4). Ele é suspeito de envolvimento no esquema de direcionamento de pacientes para UTIs em hospitais particulares de Goiânia, revelado pelo Ministério Público de Goiás há duas semanas. O mandado de prisão preventiva decretado pela juíza substituta Patrícia Dias Bretas levou em conta a suposta participação do cardiologista em um conluio semelhante, só que no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), de 2009.

Haddad é acusado de prática de formação de quadrilha, crimes de corrupção passiva e ativa envolvendo serviço de emergência do Hugo. Segundo a magistrada, o fato do réu “insistir na prática criminosa pela qual foi denunciado” justifica o pedido de prisão feito pelo MPGO.

Com a decisão, o médico foi levado para a Casa de Prisão Provisória. Ele já havia ficado preso durante cinco dias, quando a Operação SOS Samu foi deflagrada. O MPGO chegou a pedir prorrogação do mandado, mas o juiz substituto Denival Francisco da Silva negou o pedido.

Operação 

A operação foi deflagrada pelo MPGO para o cumprimento de 24 mandados de prisão temporária e de 43 mandados de busca e apreensão nos municípios de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. A ação foi realizada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Centro de Inteligência do MP e conta com o auxílio de 39 promotores de Justiça e apoio da Polícia Militar de Goiás. 

 

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