40% dos cidadãos já tentou algum cadastro em programas sociais

O levantamento realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), traçou um recorte da tentativa de cadastro dos brasileiros em programas sociais

Postado em: 07-07-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O levantamento realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), traçou um recorte da tentativa de cadastro dos brasileiros em programas sociais

Da redação 

O levantamento realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), traçou um recorte da tentativa de cadastro dos brasileiros em programas sociais por meio de auxílios como o Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida e concluiu que 41,5% dos cidadãos já procuraram obter o auxílio. No Estado de Goiás, 2,6% do total de residências já passaram por entrevistas para adquirir algum benefício.

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A secretária Fabiana Nascimento de 30 anos é uma das beneficiárias que se cadastrou no ano de 2014, casada e com três filhos pequenos, ela conta que o valor de R$ 182 surgiu como uma salvação para a crise financeira da família. “Meu marido está desempregado há dois anos, como só eu trabalho, isso [bolsa família] me ajuda a comprar o leite dos meus filhos sem ter que desviar o dinheiro do aluguel que pagamos”. 

Contudo, Fabiana conta que não foi tão simples a concessão do benefício, já que além do requisito da uma renda total de meio salário mínimo per capta, o programa possui pré-requisitos próprios. “Fiquei cerca de um ano na fila de espera após meu cadastro, depois deste período fiz duas entrevistas em minha casa para provar que eu preciso do bolsa família”, conta. 

Para a economista do IBGE, Alessandra Brito, a pesquisa faz um recorte da situação econômica dos brasileiros no geral, e não apenas do ano de 2014. “A análise do banco de dados não se limitou a pessoas que poderiam ter feito seu cadastro um mês ou um ano antes da pesquisa”, relata. De acordo ainda com a economista, a tentativa de obter domicilio, por exemplo, é requisitada em maioria por pessoas com baixa renda, sem acesso a saneamento básico e com condições de vida um pouco mais precárias.

Na região do Nordeste é onde se concentra o maior número de tentativas e beneficiários, cerca de 61,9% das residências fizeram inscrição, apesar dos números altos, eles não dizem muito sobre a real situação econômica do país, uma vez que esta foi a primeira pesquisa do tipo realizada pelo IBGE.“O instituto não possui parâmetros para dizer se este valor é alto ou não”, finalizou  Alessandra.

 Foto: reprodução (Calendário da família)

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