Sustentabilidade em todo lugar
Empresas investem em treinamentos de sustentabilidade, conhecimento influencia comportamentos
Por: Sheyla Sousa
DEIVID SOUZA
Já faz algum tempo que empresas enxergaram a necessidade de melhorar as práticas ambientais, sociais e econômicas. A sustentabilidade tem sido um apoio em muitas delas para superar momentos difíceis. O aprimoramento de processos contribuiu para a redução no uso de recursos naturais, e consequentemente nos gastos. Agora, muitas organizações focam no preparo dos colaboradores para aprimorar os resultados.
O que os colaboradores aprendem na empresa influencia o comportamento, tanto no trabalho, quanto em casa. A analista de contabilidade da Toctao Engenharia, Renata Braga, participou de um programa de capacitação sobre sustentabilidade e aprendeu sobre descarte correto de resíduos, economia de água e energia, entre outros assuntos. A mudança de hábitos no trabalho influenciou ações em casa. “Eu consegui reduzir o uso de água. No início do ano passado teve um incentivo aqui na empresa e quem reduzisse o consumo de água em três contas ia concorrer a um purificador. Eu fiquei em segundo lugar, mas consegui reduzir em quase 50%. Hoje nós aproveitamos a água da máquina para molhar a grama. Antes ia para o esgoto e hoje ainda lavamos a casa e a garagem”, relata.
A gestora de Meio Ambiente da empresa em que Renata trabalha, Cinthia Martins, conta que as práticas são disseminadas também nos canteiros de obras e há uma programação mensal. “Nós estamos focando um assunto em cada mês. Nós já disponibilizamos um ponto de coleta voluntária de recicláveis, um local de coleta de medicamentos. Também estamos esclarecendo a importância de destinar esse resíduo corretamente. Nós próximos meses vamos eliminar o uso do copo descartável”, afirma.
Foco
Os investimentos em treinamento aparecem como a segunda opção de empresários em um levantamento do Sebrae, realizado em outubro de 2015. O serviço ouviu 6.187 empresas e apurou que 23% delas pretendia investir na capacitação de funcionários. No entanto, em Goiás, o índice ficou em apenas 6%. A analista da Área de Gestão de Pessoas do Sebrae Goiás, Carla Magna Gonçalves, defende que esses investimentos sejam feitos de maneira planejada. “Primeiramente, é preciso analisar se a sustentabilidade está dentro do planejamento estratégico. Algumas empresas pensam que a sustentabilidade seria um modismo. Nós falamos que atualmente a sustentabilidade virou necessidade como forma de manter a empresa e reduzir custos”, argumenta.
“Antes a gente entrava em cômodo ligava a luz e deixava acesa. Agora eu coloquei até uma plaquinha para apagar a luz. A minha conta de energia baixou, era uns 190 reais e agora eu pago 110 reais”, esse é o relato da auxiliar de limpeza da Dinâmica Engenharia, Antonia Alves da Silva, 61, que mudou vários hábitos graças aos conhecimentos adquiridos.
