Saúde treina profissionais para encaminhar paciente

Mais de 100 profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial do Estado (Caps) foram capacitados para utilizarem o módulo Regulação do Siga Saúde, sistema que vai auxiliar no encaminhamento de pacientes para o Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq) em Aparecida de Goiânia. O uso do Siga se traduz em dados, informações e conhecimento para as políticas públicas na saúde.

De acordo com a coordenadora do Projeto Siga Saúde Goiás, Diana Guimarães, o serviço de regulação garante que o Estado tenha ciência de qual o paciente será encaminhado ao Credeq, como foi a entrada deste usuário na unidade e se os protocolos da Gerência de Saúde Mental estão sendo atendidos. “É uma parceria, tanto do Estado quanto da OS gestora do Credeq. E o Siga vem para contribuir com a saúde pública neste processo”, afirma.

A gerente de Saúde Mental, Nathália Silva, reconhece a importância do treinamento Siga aos servidores da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Para ela, além do uso do sistema, o encontro reforçou a qualificação no atendimento e a humanização dos serviços prestados, um papel fundamental da Secretaria da Saúde (SES).

Além do treinamento, a gerência de Saúde Mental promoveu palestra de capacitação, por meio da coordenação de enfrentamento ao álcool e outras drogas. Os participantes puderam identificar os critérios de inclusão e exclusão frente ao tratamento, qual o perfil do paciente e o fluxograma de atendimento do Credeq.

“Foi possível mostrar as responsabilidades e identificar o perfil dos usuários que podem ser encaminhados para o Credeq. Como é um serviço que tem causado muitos questionamentos, inclusive pra esses profissionais que estão na rede, conseguimos dizer para eles que a Secretaria da Saúde continua com o compromisso de também trabalhar com a Rede de Atenção Psicossocial”, reforça Nathália Silva.

Política ampliativa

Durante a capacitação dos profissionais, a superintendente de Políticas de Atenção Integral à Saúde (Spais), Evanilde Gomides, afirma que os municípios têm que entender como é o funcionamento da regulação para encaminhamento ao Credeq, bem como os critérios adotados e as responsabilidades a serem seguidas. “O usuário não vem do Estado, o fluxo deste usuário vai partir do município para o Credeq, passando pela nossa regulação estadual. Então devemos fazer funcionar esta regulação, atender bem este usuário que está vindo de todas as regiões de saúde”, pontuou.

Evanilde lembrou ainda que as políticas de saúde avançam em cima de uma necessidade da população e não de um interesse particular do Estado. “Nenhuma política é restritiva e sim ampliativa por direitos. O Credeq surgiu por uma demanda da sociedade, a pedido das famílias goianas por um serviço especializado para o álcool e as outras drogas”, disse. (Goiás Agora)