Advogado vítima de atentado passa por cirurgia nos dedos

O advogado passou por um procedimento cirúrgico na madrugada deste sábado (16), em que conseguiu recuperar apenas um dos quatro dedos perdidos

Postado em: 17-07-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O advogado passou por um procedimento cirúrgico na madrugada deste sábado (16), em que conseguiu recuperar apenas um dos quatro dedos perdidos

Rhudy Crysthian 

O advogado Walmir Cunha,37, vítima de um atentado a bomba, passou por um procedimento cirúrgico na madrugada deste sábado (16). No procedimento, a equipe médica conseguiu recuperar apenas um dos quatro da mão esquerda que ele perdeu na explosão. O movimento de pinça da mão também foi restaurado. 

Investigações

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A Polícia Civil deve criar uma força-tarefa para elucidar o caso da explosão nas mãos do advogado Walmir Cunha, de 37 anos, na última sexta-feira (15). O caso deve ser “tratado como prioridade”. Responsável pelas investigações do atentado, o titular da Delegacia de Investigações Criminais (Deic), Valdemir Pereira da Silva espera que o entregador da encomenda se apresente espontaneamente. 

Um retrato falado está sendo confeccionado com as informações repassadas pelas recepcionistas que receberam a caixa e encaminharam para a vítima.

Explosão

A armadilha enviada ao escritório KRB Advogados & Consultores estava dentro de uma caixa de vinhos. O advogado Walmir, que acabou tendo quatro dedos da mão esquerda decepados pelo explosivo, percebeu o que acontecia quando abriu a caixa e escutou o barulho do artefato. 

Socorro

O segurança de um restaurante vizinho foi o primeiro a socorrer o advogado. Ele correu até o escritório, tomado pela fumaça, e viu Walmir aparecer em meio à névoa, com as mãos muito machucadas. A recepção do escritório ficou totalmente destruída após a explosão. O homem enrolou as mãos do advogado em uma camisa e chamou a ambulância, que encaminhou a vítima para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). 

Imagens

As imagens das câmeras de segurança do local do fato e dos estabelecimentos que ficam na região já foram solicitadas. Silva entende que, caso o entregador não se apresente, pode ser considerado participante do crime. “Estamos realizando diligências, ouvindo testemunhas e esperamos que esse motoboy se apresente em breve. Não acreditamos que ele tenha participação, já que chegou e entregou de cara limpa.”

Denúncia

O titular da Deic pede, ainda, que qualquer pessoa que tenha alguma informação procure a Deic. “Qualquer informação é importante. O denunciante pode fazer seu relato em sigilo ou, se preferir, ligar no telefone da Polícia Civil 197. Os depoimentos das outras testemunhas deverão ser agendados a partir de amanhã. O delegado espera ouvir todos os funcionários do escritório.

Walmir atua em questões agrárias e tem sido muito incisivo em relação a licenças. A suspeita é que o caso seja por vingança sobre alguma relação com sua atividade profissional. 

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