Forças Armadas iniciam oficialmente operação de segurança da Olimpíada

O Exército, a Marinha e a Aeronáutica disponibilizarão nos próximos 64 dias um efetivo de 22.025 homens para cuidar da defesa e segurança de atletas, moradores e turistas no Rio

Postado em: 25-07-2016 às 08h00
Por: Redação
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O Exército, a Marinha e a Aeronáutica disponibilizarão nos próximos 64 dias um efetivo de 22.025 homens para cuidar da defesa e segurança de atletas, moradores e turistas no Rio

Com uma formatura simbólica da qual participaram cerca de
200 homens das Forças Armadas, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, deu início
hoje (24), oficialmente, no Palácio Duque de Caxias, às atividades de segurança
para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que serão disputados no Rio de Janeiro
em agosto e setembro.

“Está em vossas mãos, em vosso trabalho e compromisso, que
esses jogos transcorram em paz e em segurança”, disse o ministro aos militares.
“Missão dada é missão cumprida”, acrescentou Jungmann.

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O Exército, a Marinha e a Aeronáutica disponibilizarão nos próximos 64 dias um
efetivo de 22.025 homens para cuidar da defesa e segurança de atletas,
moradores e turistas no Rio durante os dois eventos. “A partir de hoje, com a
abertura da Vila Olímpica, as Forças Armadas do Brasil passam a exercer,
oficialmente, seus compromissos e atribuições para a defesa e segurança dos
Jogos”, afirmou o ministro.

Os conceitos de interoperacionabilidade e atuação conjunta
marcam, segundo Jungmann, a operação e se se baseiam na Lei 12.035, de outubro
de 2009, conhecida como Lei do Ato Olímpico, que estabeleceu a segurança como
compromisso do Brasil para a Rio 2016, e no Aviso 51 do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República, em resposta à solicitação do governo
fluminense de apoio federal para a segurança pública durante os Jogos.

Vias expressas

Com isso, aos 18 mil homens que cuidariam da segurança nos
dois eventos, juntam-se mais 4 mil, explicou Raul Jungmann. Os militares darão
proteção 24 horas por dia aos locais olímpicos, às vias expressas (Linha
Amarela, em toda a sua extensão; Linha Vermelha, entre a Ilha do Governador e o
entroncamento com a Linha Amarela; a Transolímpica; a Avenida Brasil até
Guadalupe), à Supervia (nas estações de Deodoro, Vila Militar e Magalhães
Bastos em todos os horários de trens, e nas demais quatro estações São
Cristóvão, Maracanã, Engenho de Dentro e Ricardo de Albuquerque, quando houver
competições), às estações do Metrô com ligação com a Supervia (Maracanã e São
Cristóvão), à orla carioca, desde o Leme até a Barra da Tijuca.

Algumas vias que interagem com locais olímpicos, como a Rua
Barata Ribeiro e a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana, também
terão a presença dos militares, o mesmo ocorrendo em toda a extensão da Lagoa
Rodrigo de Freitas. A segurança também foi reforçada no Aeroporto Internacional
do Rio de Janeiro/Galeão-Antonio Carlos Jobim para embarque e desembarque nos
terminais 1 e 2, bem como na Base Aérea do Galeão. Além disso, forças de
contingência ficarão aquarteladas e poderão ser acionadas em caso de
necessidade ou reforço de defesa e segurança.

Em todo o país, incluindo as cidades onde haverá jogos de
futebol olímpico, estão engajados na segurança cerca de 42 mil homens. No Rio
de Janeiro, os militares mobilizarão 12 navios, 1.169 viaturas, 70 blindados,
34 helicópteros, 48 embarcações e 174 motocicletas. As regiões onde estará o
maior efetivo das Forças Armadas são Copacabana, com 5.847 homens, e Deodoro,
com 4.713 soldados.

Coordenação Geral de Defesa

“Estamos prontos”, afirmou o general Fernando Azevedo e
Silva, coordenador-geral de Defesa de Área. O general disse, porém, que não
haverá ocupação de áreas próximas de vias olímpicas. “As Forças Armadas não
substituem os órgãos de segurança pública”, explicou. Azevedo e Silva ressaltou
que os militares poderão intervir para ajudar as forças públicas locais,
atendendo a eventuais solicitações.

O ministro Raul Jungmann esclareceu que o aumento do efetivo militar objetivou
liberar as forças locais para o policiamento regular do Rio de Janeiro. (Alana
Gandra/ Agência Brasil)
 

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