Até 20 casos de queimadas são registrados por dia

Milleny Cordeiro 

O Parque Lago das Rosas, localizado no Setor Oeste, em Goiânia, teve parte de sua área verde deteriorada após um incêndio ainda sem causas conhecidas. As chamas iniciaram na tarde do último domingo (24) e logo foram controladas pelo Corpo de Bombeiros. O Zoológico de Goiânia, situado dentro do Parque, não foi atingido. Não se sabe se algum animal do bosque sofreu dano devido às chamas. 

A área do Parque atingida pelo incêndio é composta por um bambuzal e possui 1000 m². O fogo iniciou por volta das 16h da tarde e levou cerca de uma hora até ser controlado pelo Corpo de Bombeiros. Não houve a necessidade de fechar o Zoológico para controlar as chamas, visitantes e demais pessoas que passavam pelo Parque não foram feridas.

A Prefeitura de Goiânia divulgou uma nota em que aponta a responsabilidade do incêndio para uma “pessoa não identificada”. Ainda de acordo com o texto, o supervisor do Zoológico, Raphael Cupertino, acompanhou todo o trabalho do Corpo de Bombeiros. Dario Paiva, presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), também esteve presente no local. 

Cerrado Livre

O Corpo de Bombeiros está trabalhando fortemente na Operação Cerrado Livre, cuja finalidade é conter incêndios em todo o Estado e conscientizar a população a fim de evitar queimadas que, neste período do ano, tornam-se mais recorrentes devido ao tempo seco. Só do início do ano até agora foram atendidas mais de três mil ocorrências de incêndio por todo o território goiano. 

De acordo o Capitão Ciro, do 1º Comando Regional Bombeiro Militar da Região Metropolitana (que cuida de Goiânia, Trindade e Inhumas) a corporação atende, especialmente desde a segunda quinzena de julho, de 15 a 20 ocorrências por dia. O Capitão afirma que o número de casos de incêndio este ano aumentou em relação a 2015; só em junho foram 745 casos, 123 a mais dos registrados no mesmo período do ano passado. 

Nos centros urbanos, os lotes baldios são os principais locais em que ocorrem os incêndios, geralmente, provocados pelos próprios moradores da região, correspondendo a um ato criminoso. “A pessoa precisa de uma autorização para colocar o fogo, sem essa autorização a prática implicará em crime”, afirma o Capitão. É preciso ainda que as pessoas estejam atentas quanto ao descarte de bitucas de cigarro, por exemplo, também responsáveis por focos de incêndios. 

A Operação Cerrado Livre também tem trabalhado com a conscientização da população. As unidades regionais realizaram palestras em escolas do Estado e pretendem intensificar essas ações no mês de agosto, após as férias escolares. Além disso, oficinas de confecção de abafadores foram realizadas, os quais serão distribuídos aos fazendeiros em agosto.