30 toneladas de lixo são retiradas de córregos

De garrafas de plástico a carrinho de supermercado, materiais de todo o tipo são retirados de margens e leitos de rios

Postado em: 30-07-2016 às 13h40
Por: Sheyla Sousa
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De garrafas de plástico a carrinho de supermercado, materiais de todo o tipo são retirados de margens e leitos de rios

Karla Araujo

O tempo de seca e baixa dos cursos de água que passam por Goiânia está sendo usado pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) para intensificar o trabalho de limpeza das margens e leitos de córregos e rios. Para completar o ciclo de limpeza de todos os córregos que passam pela capital são necessários pelo menos 30 dias, quando são retiradas pelo menos 30 toneladas de lixo. 

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O gerente de urbanismo da companhia, Claudio Henrique César de Aguiar, afirma que além de papel, plásticos e garrafas, outros materiais inusitados também são encontrados, como geladeiras, guarda-roupas, televisões, camas e carrinhos de supermercado. Além disso, animais mortos são jogados nestes ambientes, o que causa mau cheiro que incomoda os moradores por dias. “Algumas famílias ocuparam as margens do córrego Capim Puba, no Setor Norte Ferroviário, e jogam o lixo diretamente na água, não usam nem sacos. É um problema, mas é difícil identificar o responsável”, explica Aguiar. 

O presidente da Comurg, Edilberto Dias, afirma que o trabalho ao longo dos 70 quilômetros de mananciais na área urbana é realizado por equipe de 80 funcionários da companhia. “Fazemos pequenos trechos em cada período até cumprir todo o ciclo, quando termina, já temos que começar de novo”, explica Dias. O último ciclo começou nessa semana pelo córrego Capim Buba, no trecho entre o setor Norte Ferroviário e a Marginal Botafogo.

Fiscalização

Ainda segundo o presidente da Comurg, o órgão não faz nenhum tipo de fiscalização para evitar que lixo e entulho sejam despejados nesses locais. “Não é possível fiscalizar porque as pessoas praticam estas ações geralmente o fazem durante a noite. E isso não acontece apenas em córregos, mas em lotes baldios também”, lembra Edilberto.

“Quando recebemos reclamações, damos prioridade. O mesmo acontece com trechos próximos a pontes”, explica o presidente. Ainda segundo o presidente da Comurg, o órgão não faz nenhum tipo de fiscalização para evitar que lixo e entulho sejam despejados nesses locais. Para que móveis e eletrodomésticos não sejam descartados em córregos ou abandonados em via pública, a prefeitura disponibiliza o serviço Cata-treco. 

De acordo com Dias, qualquer morador de Goiânia pode agendar a busca de algum objeto pelo número 62 3524-8555. O presidente afirma que o material é encaminhado para as cooperativas que recebem a coleta seletiva de lixo. “O material que é coletado seco tem mais chance de ser aproveitado que o retirado dos córregos”, alerta Dias.

Denúncia

Em junho, a reportagem do O HOJE visitou trechos de córregos na capital e encontrou entulho, garrafas e sacos plásticos compondo a paisagem. O lixo foi encontrado às margens do Córrego Cascavel na ponte localizada na Avenida C-4, no Jardim América, e no trecho da Marginal Cascavel. O problema também foi encontrado no trecho do córrego Vaca Brava localizado próximo à Avenida T-7, no setor Bueno. Os trechos foram limpos após a denúncia do O HOJE.

 

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