20 mil empregos devem ser gerados em novo parque tecnológico

Com incentivos fiscais, o projeto busca desenvolvimento de energia limpa, entre outros temas com atenção especial

Postado em: 02-08-2016 às 08h00
Por: Sheyla Sousa
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Com incentivos fiscais, o projeto busca desenvolvimento de energia limpa, entre outros temas com atenção especial

Da redação

Com o intuito de fortalecer o ecossistema de inovação no Estado, será implantado no bairro planejado Goiânia 2, o Parque Tecnológico de Goiânia, que deve gerar 20 mil empregos. O projeto é ambicioso e deve ser executado em quatro etapas, sendo que o início das obras da primeira fase está previsto para 2018, com entrega estimada para 2020.

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Será lançado ainda este ano, o Hub de Inovação Gyntec Ace Goiânia, também na região Norte da capital. Com 500 m2, a estrutura do Hub de Inovação Gyntec Ace Goiânia contemplará recepção, auditório, salas para reuniões, vestiários, estações de trabalho, área externa de convivência, bem como os espaços: Sebrae, Ace Goiânia e Instituto Gyntec. Quando o Parque Tecnológico for inaugurado, o Hub de Inovação será transferido para lá, onde ocupará uma área de 4 mil m2 e passará a se chamar Centro de Inovação.

O Parque Tecnológico ocupará uma área de 106 mil m² no Goiânia 2, em frente ao Parque Leolídio Di Ramos Caiado, com toda estrutura física necessária para abrigar desde empresas e instituições de pequeno porte, com salas de 30 m², até grandes corporações da área de ciência e tecnologia, com espaços de 2 mil m². Além do condomínio tecnológico, contará ainda com um centro de inovação, espaço para eventos, hotel, praça de alimentação, estacionamentos, deck park e áreas de convivência.

O empreendimento tem como objetivo vocacionar a Região Norte como o eixo tecnológico de Goiânia e os incentivos fiscais concedidos pelo governo do Estado às empresas que estão dentro de parques tecnológicos, com redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); e pela Prefeitura de Goiânia, com redução do Imposto sobre Serviço (ISS) de 5% para 2%. 

“Uma das vantagens do projeto é que ele pode aproximar as grandes empresas que atuam no mercado de ciência e tecnologia dos grupos de pesquisa das universidades, criando uma interface que entre a geração e a aplicabilidade do conhecimento. Assim como abrangerá sedes de empresas líderes em seus segmentos, o empreendimento também irá comportar equipes de pesquisadores das universidades goianas, sendo que estas últimas poderão ocupar espaços sem custo”, esclarece Felipe Pinho da Costa, diretor de Empreendimentos da Tropical.

Empresas das áreas de informática, desenvolvimento de energia limpa, melhoramento genético e inovações na área de agronegócio e telefonia terão uma atenção especial dos empreendedores. Para garantir a preservação ambiental da região, o empreendimento será marcado por baixo adensamento, presença de áreas verdes em seu interior e sistemas de reaproveitamento de água e energia.

Consultoria

O desenvolvimento do projeto contou com a consultoria da Fundação Certi – uma referência no Brasil no que diz respeito à concepção e desenvolvimento de parques tecnológicos. A coordenadora de projetos da Fundação, Maria Gorete Hoffmann, explica que o cenário goiano é favorável para a implantação do Parque Tecnológico. “Analisamos a região metropolitana de Goiânia e identificamos um potencial tecnológico muito significativo. Existe uma concentração importante de universidades e cursos que podem suportar a inovação das principais atividades econômicas do Estado”, afirma.

O Hub de Inovação Gyntec Ace Goiânia será lançado em setembro de 2016 e promete ir muito além da definição de “espaço compartilhado de trabalho”. Consistirá em um lugar propício para o encontro de pessoas que interagem e, consequentemente, criam, empreendem e trabalham juntas. 

“Estamos captando, através de investidores anjo, R$ 5 milhões, divididos em dez cotas de R$ 500 mil. A intenção é investir até R$ 100 mil por empresa em fase de aceleração em troca de uma participação de 10% nas ações. Deste modo, vamos aportar recursos em 30 startups, sendo seis por ano. Até o momento, integram o grupo de investidores anjo na Ace Goiânia: Instituto Gyntec, Tron Informática e Joule Engenharia”, revela Marcos Bernardo Campos, diretor da CMC/BCI, empresa integrante do Instituto Gyntec. 

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