Padrasto acusado de matar enteada e mãe são presos

Alex Lima Soares,33, assumiu ter agredido e matado a enteada, de um ano e sete meses. A mãe também foi presa por suspeita de omissão de socorro

Postado em: 02-08-2016 às 16h00
Por: Redação
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Alex Lima Soares,33, assumiu ter agredido e matado a enteada, de um ano e sete meses. A mãe também foi presa por suspeita de omissão de socorro

Jéssica Chiareli 

A Polícia Civil prendeu
nesta terça-feira (2) Alex Lima Soares,33, suspeito de agredir e assassinar a
enteada, de apenas um ano e sete meses, em Goiânia. De acordo com a delegada
Ana Stoffels, responsável pelas investigações, Alex confessou o crime.
“Ele disse que gostava da criança, que não tinha problemas com ela, mas
que sentia uma ‘coisa’ de repente e a agredia”, disse.

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O laudo pericial apontou
que a criança sofreu uma fratura no fígado, causado por um objeto macio, como um
punho, pé ou objeto sólido protegido por algo macio. Conforme declarou à
polícia, o padrasto deu uma cotovelada na barriga da criança, o que causou o
ferimento e a levou à morte.

A suspeita é de que
outras lesões ocorridas anteriormente, como uma fratura na perna esquerda da criança, também
tenham sido causadas por Alex. O homem era o responsável por cuidar da criança
e de outro filho, de sete meses, enquanto a esposa trabalhava.

O padrasto foi indiciado
pelo crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar. A delega explica
que ao agredir a criança, que era pequena e frágil, ele assumiu o risco de
causar sua morte.

Omissão

A mãe da criança,
Rosângela Pereira de Jesus, 24, também foi indiciada pelo crime de homicídio doloso.
De acordo com a delegada, ela omitiu socorro à filha. “Não ficou
comprovado que a mãe participou da agressão, mas a omissão é evidente. Em outra
ocasião a criança ficou dois dias com a perna quebrada, sem socorro. As
vizinhas também afirmam que ouviam a criança chorar”, afirma.

Apelo

O advogado de Rosângela,
Thomaz Ricardo Rangel, nega as acusações. Para ele, há uma tentativa de criar
um apelo acerca da prisão da acusada. “A morte de uma criança sempre atrai
bastante atenção e sempre há a tentativa de colocar a mãe como uma megera,
apenas para criar apelo”, diz.

De acordo com Thomaz, a
mãe trabalhava em um restaurante das 17h às 2h, momento em que a criança foi
agredida pelo padrasto. “O próprio laudo informa que a morte ocorreu cinco
horas depois da agressão, período em que Rosângela estava no trabalho. Além
disso, ela prestou socorro imediato para a filha. Ela não se omitiu.”

Laudo

No laudo, os peritos
chegaram a conclusão de “o óbito ocorreu entre o último momento em que a
vítima foi vista com vida e o momento em que a mãe acionou o Samu”. No
documento, também é levado em consideração o sofrimento da criança, que teve dores abdominais progressivas por cerca de quatro a seis horas, até o
momento da morte.

Fuga

Depois da morte da menina, Rosângela e Alex retornaram para a Bahia, de
onde são naturais, para realizar o enterro. No entanto, apenas a mãe retornou
para Goiânia depois do período de luto. O padrasto permaneceu no estado e foi considerado foragido, até que a polícia descobriu o
seu paradeiro. A mãe foi presa em sua casa, em Goiânia.

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