Pai: uma referência de amor e força

Assim como a mãe, o pai é uma das referências dos filhos. A relação, que já foi tema de novela, pode ser de maior ou menor intensidade, mas a figura paterna tem uma presença ativa na formação do indivíduo. Na família Teixeira, por exemplo, a profissão do patriarca Marcos – médico – foi seguida à risca pelos filhos Armando, Marcos Filho e Marcelly.
“É uma realização pessoal que os meus filhos tenham trilhado o mesmo caminho que eu. Diria que uma benção de Deus, não como uma imposição minha, mas pela escolha baseada na vivência que tiveram no meio médico”. Quando indagado sobre o motivo, Marcos vaticinou. “Os primeiros ídolos dos filhos são os pais. Amo o que faço, e creio que esse sentimento tenha inspirado-os a seguir na mesma orientação”.
Armando não só formou-se médico, como também seguiu a mesma especialidade do pai, a cirurgia plástica. A inspiração, como não poderia deixar de ser, surgiu na convivência com o ambiente da profissão – clínica, equipamentos, pessoas. “Além de nos proporcionar uma convivência decisiva na escolha profissional, ele nos proporcionou valores familiares nobres, que dinheiro algum pode comprar”.
Perguntado por O HOJE sobre como será o domingo na casa da família, Armando sentenciou. “Faremos um bom almoço para reverenciar a figura do meu pai, que merece essa homenagem de todos nós.” E o presente? “Não somos ligados a artigos caros, mas certamente o presente será algo que fará a diferença no dia a dia dele”.

Vendas
Como aconteceu no Dia das Mães, apesar das boas intenções, a expectativa do comércio no Dia dos Pais é de vendas mais fracas. Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais brasileiras, quatro em cada dez consumidores não pretendem comprar presentes neste ano. A falta de dinheiro é o principal motivo para 6,2% dos entrevistados, em tempos de orçamentos apertado com os sucessivos aumentos nas tarifas públicas, combustíveis e alimentos. 5% alegam estar desempregados.
Os índices mais do que dobram na faixa entre 18 a 34 anos – 14,4% e 11,2%, respectivamente. Na comparação com o ano passado, 35,4% pretendem adquirir presentes com a mesma faixa de preço e 29,1% afirmam que pretendem desembolsar um valor menor.
Ainda de acordo com o levantamento, apenas 19,7% dos entrevistados planejam gastar mais com o presente nesse ano em relação a 2015. O valor médio será de R$ 115,37, ante R$ 119,83 em 2015.

Cautela
O administrador Pablo Felipe, 25, pretende dar somente uma lembrança ao pai. Apesar de empregado há mais de dois anos em uma mesma empresa, Costa não se sente seguro de presenteá-lo com algum produto com valor acima de R$ 120.
“Pago dois financiamentos e os meus custos fixos subiram muito nos últimos tempos. Preciso ter uma reserva, caso seja demitido ou surja alguma despesa inesperada. Gostaria de dar um presente mais generoso, mas infelizmente o momento não é para tanto”, lamenta.
O planejamento ainda é uma das melhores armas na busca de um presente que caiba no bolso e agrade ao papai. Para o economista Pedro Martins, o prudente é sair de casa já com um valor prévio definido, evitando cair nas tentações de prestações proporcionadas pelo cheque e cartões de crédito.
“Em um cenário econômico ainda sombrio, não dá para gastar sem critério. Ao mesmo tempo, os shoppings estão com liquidações. Pode ser uma oportunidade de comprar o presente sem estourar o orçamento.”

Procon encontra variação elevada e atua 14 lojas 

Como faz tradicionalmente antes dos períodos de maior venda do comércio, a Superintendência Municipal de Defesa do Consumidor (Procon) realizou uma pesquisa de preços dos itens mais procurados para presentear os pais.
O levantamento percorreu 17 estabelecimentos em Goiânia e mapeou 51 itens possíveis de serem presenteados, com preços a partir de R$ 39,99 – eletroeletrônicos, calçados, perfumes e cuidados pessoais, num total de 51 itens. 
Um barbeador elétrico chamou a atenção dos fiscais pela alta variação de preço entre uma loja de outra – de R$ 89,90 a R$ 129,00, variação de 43%. Os eletroeletrônicos, como smartphones, tablets e notebooks, também tiveram uma elevada oscilação – de 32%, em cinco estabelecimentos pesquisados pelo órgão de defesa do consumidor da Prefeitura de Goiânia.
E para garantir o direito de quem vai comprar na data festiva, o órgão realizou entre os dias 4 e 10 deste mês a Operação Dia dos Pais. Várias lojas pela cidade foram fiscalizadas. Com o fim da ação, veio o balanço: 14 delas foram autuados devido à falta de informação de preços dos produtos expostos à venda.
Elas terão dez dias para apresentar defesa junto ao Procon. Após o prazo, poderão ser multadas em valores entre R$ 600 e R$ 6 milhões, caso não justifiquem as irregularidades.