Depois de soterramento, rua é liberada

A Rua 124 foi liberada ontem pelos fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) e a Defesa Civil,

Postado em: 18-08-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A Rua 124 foi liberada ontem pelos fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) e a Defesa Civil, após ficar impedida ao tráfego por uma semana. A via, localizada no Setor Sul, foi palco de um desmoronamento no último dia 10. Dois operários – Carlito Francisco dos Samtos e Wender César de Oliveira, ambos de 39 anos – morreram.
Apesar da liberação, a obra continua embargada pela Prefeitura de Goiânia pela ausência dos alvarás de demolição do prédio anterior e do alvará de construção. Ela será retomada somente após a regularização da construção junto ao município.  Na inspeção, o Crea-GO verificou o cumprimento das medidas emergenciais para estabilização do solo, que reduziram significativamente a possibilidade de algum incidente que pudesse colocar operários e pedestres em risco.
O projeto de contenção está sendo realizado em duas etapas: a primeira corresponde ao reaterro de três dos quatro lados do terreno. A segunda é a implantação de cerca de 130 estacas justapostas em concreto armado, nos mesmos três lados do empreendimento. A equipe do Crea, liderada pelo gestor do Departamento Técnico do órgão Edvaldo Maia, constatou que ainda falta ser realizado o reaterro do lado da Avenida 87 e a implantação de estacas só foi realizada do lado da Rua 124, o que permitiu sua liberação para o trânsito de veículos. 

Segurança
 De acordo com Edvaldo, o Crea continuará cobrando dos responsáveis pelo empreendimento um programa e profissional de segurança do trabalho que seja responsável pela implantação dele. 
“A construção civil é uma atividade de risco e, assim, é legalmente obrigada a ter um programa com ações que visem à segurança dos trabalhadores e dos transeuntes. Mas, mesmo que não existisse essa obrigação normativa, o profissional responsável, após uma análise do risco da situação, como no caso da obra em questão, deveria implantar um programa de segurança”, explica.
Edvaldo explica ainda que a empresa responsável pelos serviços de contenção e estabilização da área solicitou o prazo de mais 15 dias úteis para finalizar o trabalho. Ele adianta que o Crea continuará acompanhando a execução dos serviços até que todas as condições de segurança para a continuidade do empreendimento estejam garantidas. O gestor do departamento destaca um processo administrativo para apurar as responsabilidades dos profissionais envolvidos já foi instaurado no conselho.

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