Prejuízo alcança R$12,1 mi em contratos de estações de Luziânia e Goiânia
Crimes licitatórios, superfaturamento e lentidão no cumprimento do contrato causaram um prejuízo milionário às estações de água e esgoto Corumbá IV e Sistema Meia Ponte
Por: Redação
Da redação
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (24) a Operação Decantação, para apurar desvio de cerca de R$ 12,1 milhões em recursos federais destinados a Saneago. Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 4 de prisão temporária. Dos 15, 14 já foram destidos e se encontram na sede da Polícia Federal em Goiás.
Entre eles, estão o presidente da Saneago, José Taveira; o diretor de expansão da estatal e presidente do diretório do PSDB em Goiânia, Afrêni Gonçalve; o diretor de Gestão Corporativa da estatal Robson Borges Salazar e Nilvane Tomas de Sousa Costa.
Desvios
As investigações, iniciadas em 2014, apontam que foram cometidos crimes licitatórios na estação de água do sistema de abastecimento de Luziânia (Sistema Produtor Corumbá IV) e em certames e contratos para a ampliação do sistema de esgotamento de Goiânia (Sistema Meia Ponte). Os contratos foram firmados em 2007.
De acordo com o Ministério de Transparência Fiscalização e Controle (MTFC), o contrato de repasse do Sistema Produtor Corumbá IV envolve recursos de R$ 117,3 milhões. Nele, foram constatados direcionamento de licitação, alteração de valores sem justificativa e superfaturamento de equipamentos e até um aditamento maior do primeiro reajuste de preços.
As irregularidades geraram um prejuízo de mais de R$ 1 milhão e prejuízo potencial de R$ 6 milhões, de um montante fiscalizado de cerca de R$ 45 milhões, aponta um relatório.
Já em relação ao Sistema Meia Ponte, no qual foi aplicado um recursos de R$ 67,4 milhões, o MTFC constatou diversas falhas e execução do contrato em ritmo lento. O prejuízo efetivo foi de R$ 3,4 milhões e também foi apontado um prejuízo potencial de mais R$ 1,7 milhão. Para ler o relatório clique aqui.
As duas estações ainda não foram entregues.
Nota
Em nota, a Saneago informou que aguarda conclusão da operação da Polícia Federal para tomar ciência dos fatos e, a partir daí, emitir um pronunciamento sobre o caso.
Foto reprodução (Goiás Agora)
