Paciente diagnosticada com câncer necessita de ajuda

Euzi de Souza veio de Alvorada do Norte e, com ajuda da família e amigos, enfrenta com otimismo os desafios da luta contra o câncer

Postado em: 25-08-2016 às 06h00
Por: Redação
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Euzi de Souza veio de Alvorada do Norte e, com ajuda da família e amigos, enfrenta com otimismo os desafios da luta contra o câncer

Italo Wolf / Especial para O Hoje
Euzi de Souza era empregada doméstica em Alvorada do Norte, na região nordeste de Goiás. Ela e o esposo, que trabalha como pedreiro, sustentavam a família de duas filhas e um neto. Às vezes, no trabalho, Euzi sofria com sangramentos; frequentemente sentia-se fraca, cólicas atrapalhavam sua rotina. Mesmo com diversas visitas ao médico, o tumor em estágio avançado não era diagnosticado. Alvorada do Norte, uma cidade de 7.600 habitantes, não contava com os equipamentos necessários para constatar o câncer de reto.
Um dia, fortes dores e sangramentos obrigaram Euzi a deixar o trabalho e, novamente encaminhada à emergência, uma médica novata no hospital reconheceu seus sintomas – até então confundidos com os de hemorróidas comuns – e a enviou à cidade de Formosa para que realizasse exames. De lá, foi encaminhada à Brasília, onde esperou por atendimento por mais de um mês. Em Brasília foi aconselhada a vir à Goiânia, onde, no Hospital Araújo Jorge, o atendimento seria mais rápido. Dois anos e sete cirurgias depois, Euzi de Souza se mostra esperançosa e satisfeita com a qualidade dos serviços do hospital.
Entretanto, manter a qualidade de vida nessas condições é um desafio. O esposo continua trabalhando em Alvorada e uma das filhas vive com Euzi, cuidando da mãe. Sua principal forma de sustento são as doações que recebe de pessoas sensibilizadas. Em Alvorada do Norte, as amigas de infância Maria do Socorro e Cicinha – “duas irmãs que Deus me deu” – organizam almoços beneficentes, bingos e rifas com o intuito de arrecadar fundos para o sustento de Euzi e de sua família.
Além disso, Euzi de Souza recebe o Auxílio-Doença, um benefício do Governo Federal devido ao contribuinte do INSS que for acometido por uma doença ou acidente que o incapacite para o trabalho. Essa é a situação de milhares de interioranos que se mudam temporariamente para capitais com intenção de realizar um tratamento. Em seu último senso, o Auxílio-Doença era concedido a 1,8 milhões de brasileiros, em um total de R$ 23 bilhões por ano; e em Goiânia, diversas casas de apoio oferecem ajuda voluntária a cidadãos do interior do estado que, por razões médicas, vêm encaminhados pelas prefeituras ou entidades sociais.
Mesmo sem conseguir deixar a cama, Euzi se mostra otimista e pretende retornar para Alvorada do Norte na próxima terça-feira. Ela vai à cidade de origem sempre que pode, para rever a família e amigos, e só retorna ao fim de sua alta. “Só fico lá no tempo que o médico autoriza, né? Matar a saudade só enquanto durar o tempo da alta.”
Euzi de Souza depende de doações para sustentar a família e disponibilizou um número de telefone para interessados em ajudá-la: (62) 99651-3521

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