Parque deve aumentar densidade populacional

No Setor Faiçalville algumas torres já estão habitadas. Trecho a ser entregue até o fim do ano margeia 20 bairros

Postado em: 31-08-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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No Setor Faiçalville algumas torres já estão habitadas. Trecho a ser entregue até o fim do ano margeia 20 bairros

Torres de condomínios já incorporaram a paisagem nas imediações do trecho 1 do Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns (Puama), no Setor Faiçalvile, na Região Sudoeste de Goiânia. Além das construções já erguidas, outras estão em fase de fundação. Construtoras mantém estandes de venda na região e o número já foi até maior antes da crise econômica que o Brasil atravessa.
Com uma densidade populacional de 1,8 mil habitantes por quilômetro quadrado, a Prefeitura de Goiânia defende a tendência, que, aliás, é prevista no Plano Diretor, aprovado em 2007 e que será revisado no próximo ano, de cidade compacta. “O aumento da densidade habitacional é desejável porque estudos mostram que estas regiões consomem menos energia, emitem menos gases do efeito estufa, menores deslocamentos”, justifica o coordenador do Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns (Puama), Nelcivone Melo.
A densidade habitacional deve aumentar, sobretudo com a verticalização também de outros bairros fora da região do Puama. Atualmente a capital tem 3.360 prédios de acordo com dados da Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh).
Para o arquiteto e urbanista, Paulo Renato, a verticalização é um ganho para a cidade porque torna mais inteligente a relação com o meio ambiente, mobilidade urbana e custo com serviços públicos. “A diferença está no planejamento concebido para longo prazo, geralmente adotado nas cidades de países desenvolvidos. Essas, mesmo sendo muito adensadas, mantém a qualidade de vida”, analisa.
O Puama tem comprimento de 22 quilômetros e está divido em 11 trechos. Com financiamento do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID). Até o momento foram assinadas ordens de serviço de R$ 103 milhões, mas para concluir os trechos 1, 2 e 3 serão mais R$ 17 milhões. 

Transformação
A obra a ser entregue até o fim do mandato do prefeito Paulo Garcia tem extensão de 6 quilômetros de extensão entre a Alameda Professor Hélio, no Setor Faiçalville, e a Avenida Milão no Residencial Aquários. Neste trecho estão sendo entregues obras de preservação ambiental, pistas de caminhada, ciclovias, academias ao ar livre, entre outros. “Isso aqui mudou a vida das pessoas, além da valorização do imóvel, do aumento de segurança porque agora tem rua asfaltada, tem iluminação, tem ciclovia, tem pista de caminhada. É um projeto de preservação constante da cidade, um projeto ambiental que esses córregos que estavam por findar, por acabar porque só tinha lixo, erosão, esgoto clandestino, agora daqui há alguns anos você vai ver água límpida e potável”, destaca o prefeito.
Os primeiros trechos ainda terão uma pendência relativa a seis desapropriações que foram judicializadas e vão demandar tempo. “Esse tempo nós não controlamos, é o tempo da Justiça resolver”, lamenta Melo.

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